terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Acidente ferroviário na Bélgica: Balanço ainda provisóro é de 18 mortos e 162 feridos
(actualizada às 13h05)
A colisão frontal, na segunda-feira de manhã, entre dois comboios de passageiros, em Buizinguen (perto de Bruxelas), fez 18 mortos e 162 feridos, sendo considerado o pior desastre ferroviário na Bélgica desde 1974. O balanço ainda provisório do número de mortos do choque de dois comboios perto de Bruxelas na segunda-feira de manhã, é de 18.
O acidente teve lugar às 8h28, em plena hora de ponta, em Buizinguen, à saída da estação de Hal (Flandres), 15 quilómetros a sudoeste de Bruxelas, quando um comboio de passageiros vindo da capital belga colidiu com outro que vinha em direcção oposta. A violência do choque fez com que as duas locomativas fossem projectadas no ar e as carruagens descarrilassem.
Além dos 18 mortos, entre os quais se encontra um dos maquinistas, a colisão terá feito 162 feridos, 11 dos quais em estado grave. Os corpos ainda não foram todos identificados.
O número de passageiros estimado nos dois comboios era de 300, menos do que o habitual à hora de ponta devido às férias escolares do Carnaval.
Esta terça-feira, os investigadores da polícia belga já haviam recuperarado as caixas negras dos dois comboios o que lhes permitirá determinar as causas e as circunstâncias do acidente e saber se este teve origem em erro humano, mecânico ou meteorológico. Segundo o site de notícias flamengo hbvl.be que cita uma testemunha, o maquinista do comboio que vinha de Lovaina passou o sinal vermelho. A testemunha indica que o maquinista aprecebendo-se tarde demais de que o sinal vermelho ou os travões não funcionavam, tentou accionar o alarme para imobilizar o comboio, mas pôde apenas saltar da locomotiva, a tempo de sobreviver à catástrofe, embora com ferimentos graves.
Os destroços das carruagens acidentadas ainda continuam por retirar dos carris no local do acidente e a SNCB indica que os trabalhos de remoção vão prosseguir por tempo indeterminado durante toda a semana.
Maquinistas belgas hoje em greve
Entretanto, os maquinistas da SNCB estão hoje em greve, numa reacção ao acidente, em sinal de luto pelo colega maquinista que faleceu no acidente, mas sobretudo para "denunciar a degradação das condições de trabalho".
A paralisação surgiu espontaneamente, sem envolvimento dos sindicatos. Segundo a SNCB, a circulação ferroviária foi seriamente afectada, com numerosos atrasos, uma vez que maquinistas de cidades tão importantes como Liége, Charleroi, Lovaina e Namur, aderiram à greve.
Independentemente da greve, a SNCB avisou já que a circulação de comboios entre Hal e Bruxelas, vai estar seriamente afectada durante esta semana.
Este é já considerado o pior desastre ferroviário na Bélgica desde 1974, quando um descarrilamento de um comboio fez 18 mortos e 69 feridos.
Grão-duque Henri envia condolências ao rei Alberto II
O Grão-Duque Henri enviou, ainda na segunda-feira, uma mensagem de condolências ao rei Alberto II da Bélgica, seu tio e padrinho de baptismo (é irmão da já falecida Grã-Duquesa Joséphine-Charolotte, mãe do Grão-Duque).
"É com grande comoção que a Grã-Duquesa e eu próprio soubemos do terrível acidente ferroviário desta manhã [segunda-feira] em Buizingen. Receba do povo luxemburguês e da nossa parte as nossas mais sentidas condolências. Os nossos sentimentos de compaixão mais profundos vão para as famílias atingidas pelo drama", pode ler-se na mensagem a que o CONTACTO teve acesso.
JLC/com agências
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