A polícia portuguesa encontrou um andar em Óbidos, que tinha sido abandonado por membros da ETA e onde foi encontrado "abundante material explosivo".
Uma denúncia de uma casa onde viviam espanhóis, “abandonada à pressa”, e o material encontrado numa carrinha, cujos ocupantes fugiram desobedecendo à GNR, levou a Guarda a suspeitar tratar-se de um caso ligado ao terrorismo.
O comandante geral da GNR, Nelson dos Santos, afirmou que na quinta feira um cidadão telefonou para o posto da GNR de Óbidos, alertando para o facto de uma casa ter as luzes acesas e as portas abertas.
O responsável que falava em conferência de imprensa na PJ, em Lisboa, acrescentou que o denunciante referiu também que os ocupantes da casa falavam espanhol.
Os militares deslocaram-se ao local e verificaram “do exterior que os eventuais residentes tinham abandonado a casa à pressa”, disse o comandante geral da guarda, adiantando que “o aspecto da casa, o equipamento encontrado, [o facto de] falarem espanhol e a viatura levantaram suspeitas”.
O caso começou segunda feira quando numa operação de trânsito da GNR de Óbidos uma carrinha desobedeceu à guarda e os ocupantes fugiram.
Nelson Santos adiantou que no interior da viatura, furtada na zona de Castelo Branco há um ano, foi encontrado pás, picaretas, luvas de trabalho, roupa e dois detonadores eletrónicos para explosivos.
Associando estes dois factos, a carrinha e a casa, a GNR suspeitou que estava na presença de um caso ligado ao terrorismo, tendo na quinta feira ao final da tarde comunicado à as informações PJ.
O andar foi descoberto poucas semanas depois da operação que levou à captura em Portugal de dois alegados membros da ETA, em relação aos quais pendem atualmente pedidos de extradição das autoridades espanholas.
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