O presidente do Governo Regional da Madeira e do PSD/Madeira, Alberto João Jardim, considerou ontem que num país com tradição democrática um primeiro ministro na situação de José Sócrates já teria sido substituído.
"O país parece uma Sicília", declarou Alberto João Jardim aos jornalistas, ao chegar à sede do PSD, em Lisboa, para a reunião do Conselho Nacional social democrata.
Questionado se concorda com o seu colega de partido António Capucho, que defendeu que José Sócrates não tem condições para se manter no cargo de primeiro ministro e deveria ser substituído, mantendo-se o PS no Governo, Jardim respondeu: "Em primeiro lugar, não são as pessoas do PSD que têm de dizer quem deve ser o líder do PS, mas tudo o que se tem passado não era possível num país de longa tradição democrática como a Inglaterra".
"Depois de tudo o que se passou, em Inglaterra o partido do poder continuava no poder mas tinha mudado o primeiro ministro. E é assim que se faz nos países democráticos", considerou.
Depois de comparar a situação do país com a da Sicília, o presidente do PSD/Madeira responsabilizou os portugueses: "A culpa não é só dos políticos, é de um povo que deixou este país chegar ao estado em que está, de um povo que não tem valores, de um povo que acha piada em todas estas golpadas que vão por aí. Cada povo tem aquilo que merece".
"Vamo-nos deixar de hipocrisias. Este país precisa de disciplina democrática. Continuar a consentir na asneira e depois dizer que a culpa é dos políticos, isso é bem português", acrescentou.
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