Stress, esgotamento, cansaço, dependências e suicídio. Está tudo nas conclusões da sondagem realizada pela TNS-ILreS sobre as condições de trabalho nas empresas luxemburguesas.
O estudo encomendado pela central sindical OGB-L e pela Liga Luxemburguesa de Higiene Mental revela que 43 % dos inquiridos afirmam que trabalham frequentemente, ou mesmo de forma permanente, sob stress. Uma situação considerada negativa para 53 % dos inquiridos. Os profissionais da banca, dos transportes, saúde e ensino são os que mais sofrem com o stress no local de trabalho.
As drogas e o álcool são também um problema: 32 % dos inquiridos garantem que têm conhecimento de casos de colegas que sofrem de algum tipo de dependência. O mesmo acontece com o suicídio: 10 % dos trabalhadores inquiridos admitem que já pensaram em suicidar-se e 16 % dizem que têm conhecimento de casos de suicídio entre os colegas de trabalho. O ensino e a função pública são os sectores mais afectados por esta patologia.
As condições de trabalho são ainda responsáveis pelos casos de mau-estar físico, sobretudo por causa das dores e da fadiga muscular acumulada ao longo dos tempos. A situação tende a piorar à medida que os anos passam e as pessoas envelhecem.
O estudo realizado mostra ainda que apenas um terço das empresas luxemburguesas organizou acções de formação nesta área para os trabalhadores.
Quanto aos salários, só os trabalhadores do sector da restauração se dizem insatisfeitos com a remuneração.
A amostra do inquérito é constituída por 1.537 trabalhadores, 59 % residentes no Luxemburgo e 41 % trabalhadores fronteiriços (franceses, belgas e alemães).
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