sábado, 29 de maio de 2010

Portugal-Venezuela: Sócrates encontra-se com Hugo Chávez

O primeiro ministro José Sócrates chega hoje à Venezuela para uma visita oficial, realizando um encontro com o presidente venezuelano Hugo Chávez após o qual serão assinados vários acordos comerciais.

A Venezuela e Portugal estão a afinar um acordo de 27 milhões de dólares para a construção de uma fábrica de medicamentos e para a aquisição de antibióticos.

Segundo um comunicado do Ministério do Poder Popular para a Saúde, da Venezuela, "o valor previsto em investimento de parte de Portugal é de 27 milhões de dólares (22,01 milhões de euros), que pode ser submetido a ampliações através do tempo".

"Portugal requer a energia fornecida pelo petróleo e nós complementamos com medicamentos, tecnologia e capacitação de recursos humanos", disse Serrasqueiro, citado num comunicado do Ministério Popular da Saúde.

O primeiro ministro também manterá um encontro com representantes da comunidade portuguesa na Venezuela, uma das maiores comunidades estrangeiras no País.

Portugal e Venezuela têm reforçado relações


Esta viagem à Venezuela acontece-se na sequência de um reforço visível nos últimos anos das relações com este país, apesar das dúvidas sobre a consistência democrática do regime de Hugo Chávez. O reforço das relações políticas traduziu-se, desde 2006, em quatro visitas do Presidente venezuelano a Lisboa e duas de José Sócrates a Caracas, a par de várias reuniões bilaterais de Chávez com o Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, e com Sócrates, à margem de reuniões internacionais.

No campo energético há um conjunto de alianças para a participação da empresa petrolífera portuguesa, Galp, na faixa petrolífera de Orinoco (Venezuela).

No plano económico, foram assinados dezenas de acordos e houve uma clara intensificação das trocas, com um aumento das exportações portuguesas de 9,5 milhões de euros em 2004 para 51,1 milhões em 2008.

Tida no passado como a economia mais próspera da região devido ao "boom" petrolífero, a Venezuela lida com uma recessão, a desvalorização do bolívar (moeda venezuelana) e a oscilação dos preços do crude, mas mostra, por outro lado, resultados na luta contra a pobreza.

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