O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, sublinhou hoje que o processo de revisão constitucional promovido pelos sociais democratas e que está “na sua fase final de elaboração” tem por objectivo pensar “para o futuro” o sistema político-constitucional.
Questionado pelos jornalistas , Passos Coelho vincou que este é um processo "muito aberto", rejeitando que constitua “um regresso ao passado”, como apontou no domingo, o primeiro-ministro José Sócrates.
“Só aconteceria assim se estivéssemos a aprovar leis a pensar no atual primeiro ministro, nos atuais agentes políticos. Mas o que nós estamos a fazer é pensar o nosso sistema político-constitucional para o futuro. É um debate muito aberto e muito amplo que vai ter que decorrer, as revisões da nossa Constituição só podem ser feitas por uma maioria de dois terços do Parlamento, o que significa que o próprio debate com o PS é essencial para esse efeito e justamente a Constituição não pode ser uma visão partidária, capturada por um partido”, disse.
Passos Coelho sustentou ainda que o processo “tem de representar um consenso muito alargado na sociedade portuguesa” que deve ser obtido “quando cada um dos partidos colocam em cima da mesa aquilo que são as propostas que têm para o futuro”.
“Ora, é justamente esse processo que agora se vai iniciar com a iniciativa do PSD. Que não é surpresa para ninguém porque foi anunciada no encerramento do último congresso do PSD e de resto o PS e alguns membros do Governo já nos perguntaram onde é que estava a nossa iniciativa, que estava atrasada. Pois bem, ela está na sua fase final de elaboração, será aprovada esta quarta feira pelo nosso Conselho Nacional e depois virá para o Parlamento para que todas as forças políticas possa pronunciar-se sobre elas”, referiu.
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