De 2001 a 2007, 7.715 residentes profissionalmente activos abandonaram o Luxemburgo para se instalar num país vizinho da Grande Região, revela um estudo do CEPS e do Observatório da Habitação.
Enquanto que a maioria dos luxemburgueses (56%) opta pelas regiões alemães da Sarre e da Renânia Palatinado, os portugueses (59%) escolhem a região francesa da Lorena.
Em termos globais, trata-se um fenómeno "marginal", notam os autores do estudo, sublinhando que o número representa apenas 1% da população activa. Os investigadores reconhecem, no entanto, que a tendência é para aumentar, sobretudo por parte dos cidadãos de nacionalidade luxemburguesa, cuja proporção passou dos 17% em 2001 para 29% em 2007. Em contrapartida, os alemães, os franceses e os belgas tendem a ficar cada vez mais no Luxemburgo.
As pessoas que decidem passar para o outro lado da fronteira são geralmente jovens e oriundas das comunas mais povoadas do país, nomeadamente, a cidade do Luxemburgo, Esch-sur-Alzette, Dudelange e Pétange. Cerca de metade tem entre 25 e 34 anos.
Já nos países vizinhos, as comunas que mais residentes do Luxemburgo receberam foram as de Arlon e Aubange (Bélgica), Perl e Trier (Alemanha), Thionville, Villerupt e Audun-le-Tiche (França).
O custo do alojamento é a principal razão evocada para explicar esta opção (85%). Já 60% dos inquiridos também apontam motivos familiares como o casamento, uma separação ou um nascimento.
O estudo revela igualmente que apenas 20% das pessoas que decidiram mudar de país eram proprietárias de uma habitação antes de atrevessar a fronteira. Já do outro lado, o número de proprietários aumenta para 57%.
Foto: Anouk Antony
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