Uma histórica cidade chinesa, Wuxi, manifestou-se interessada em integrar o pavilhão de Portugal na Expo2010 num parque sobre património mundial, confirmando o sucesso do projeto português apresentado em Xangai.
“Claro que ficámos lisonjeados com a proposta, mas temos de estudar melhor as suas implicações logísticas”, disse à agência Lusa o comissário geral de Portugal para a Expo 2010, Rolando Borges Martins.
A inclusão do pavilhão português no referido parque temático ilustraria “as amigáveis relações históricas” entre os dois países, diz a proposta das autoridades de Wuxi.
Situada junto ao famoso Lago Tai, na província de Jiangsu, leste da China, Wuxi é uma das mais antigas cidades chinesas e uma grande atração turística.
O pavilhão português na Expo 2010 – um edifício de 2000 metros quadrados, integralmente revestido de cortiça – evidencia os 500 anos de contactos entre Portugal e a China e “a atual aposta portuguesa nas energias renováveis”.
Para Rolando Borges Martins, a proposta de Wuxi “confirma o sucesso do pavilhão português”, que já foi visitado por mais de três milhões de pessoas, “um recorde na história da participação portuguesa em exposições universais”.
“Com este ritmo [de afluência] estamos confiantes que vamos ultrapassar mesmo os quatro milhões”, disse Rolando Borges Martins.
Habitualmente, os pavilhões são desmontados no final do certame e enviados para os respetivos países.
O revestimento do pavilhão português, cedido pela Corticeira Amorim, deverá ficar na China, onde a empresa já tem negócios, e depois será reciclado, mas o resto, “em princípio”, seguirá para Portugal.
A Expo 2010, dedicada ao tema “Better City, Better Life” (Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida), aberta no dia 01 de maio passado, decorre durante seis meses numa área de 528 hectares (dez vezes a Expo 98, em Lisboa), ao longo das duas margens do rio de atravessa Xangai.
É a maior exposição universal de sempre, com a participação de cerca de 240 países e organizações internacionais, e pretende ser também a mais concorrida.
O número de visitantes atingiu na quarta feira passada os 49,4 milhões e até ao final do certame os organizadores esperaram chegar ao prometido recorde de 70 milhões – mais seis milhões que a Expo de Osaka, Japão, em 1974.
Portugal apresenta-se em Xangai como “uma praça para o mundo” e “um mundo de energias”, conceitos que procuram valorizar a posição geoestratégica do país (“porta atlântica da Europa”) e “promover o espírito de inovação dos portugueses”.
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