Os médicos entram em greve, a partir desta sexta-feira, às 13h. Apenas os serviços de urgências deverão continuar a funcionar normalmente.
Durante esta greve prolongada e que pode continuar indefinidamente, os médicos vão reduzir as suas horas de atendimento ao público e desmarcar consultas, exames e operações sem carácter de urgência como lhes foi pedido pelo sindicato que os representa, a Associação dos Médicos e Dentistas (AMMD).
A AMMD pede ainda aos médicos que: reduzam as suas horas de serviço entre as 20 e as 35 horas semanais, abrindo os seus consultórios apenas de manhã; e não prescrevam certificados de baixa médica superiores a um dia, nos casos em que a saúde do paciente o permita.
Os médicos são livres de aderir ou não a esta greve, mas a AMMD estima 70% de adesão à paralização, o que representa cerca de 1.200 médicos.
O secretário-geral da AMMD, Claude Schummer, explica que a acção visa protestar contra a reforma que o ministro da Saúde pretende fazer ao sistema da Segurança Social. Schummer disse não concordar com "uma única linha do novo texto". Segundo o representante da classe médica, não se trata apenas de defender os interesses dos médicos, nomeadamente no que respeita à imposição de tarifas por parte da Caixa Nacional de Saúde (CNS), mas também "os direitos dos pacientes". Com o novo sistema, "é dito ao médico o que ele deve fazer com o doente e a intimidade partilhada entre os dois deve ser registada e informatizada à escala nacional num dossiê", insurge-se Schummer.
O ministro da Saúde, Mars Di Bartolomeo, lamenta a decisão da AMMD e considera que os médicos não têm razões para esta greve. Afirmando-se pronto a discutir alguns pontos da nova lei, o ministro apela à consciência profissional dos médicos, para que os pacientes não sejam "os reféns desta situação".
Urgências preparam-se para enchentes
O ministro prevê que as urgências do país registem enchentes nos próximos tempos e garante que foi desde já preparada uma reorganização dos serviços em questão para tentar responder a qualquer afluxo anormal de doentes. Foram mobilizados mais médicos, especialistas e enfermeiras para esse serviço. Um serviço SAMU suplementar vai funcionar no sul, centro e norte do Grão-Ducado.
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