O anúncio foi feito no canal de televisão luxemburguês RTL. O secretário-geral da AMMD, Claude Schummer, disse não concordar com "uma única linha do novo texto", e ameaçou fazer greve por tempo indeterminado "até o texto desaparecer".
Segundo o representante da classe médica luxemburguesa, não se trata apenas de defender os interesses dos médicos, nomeadamente no que respeita à imposição de tarifas por parte da Caixa Nacional de Saúde (CNS), mas os direitos dos pacientes. Com o novo sistema, "é dito ao médico o que ele deve fazer com o paciente e a intimidade partilhada entre os dois deve ser registada e informatizada à escala nacional num dossiê", insurge-se Claude Schummer.
Recorde-se que o ministro da Saúde e da Segurança Social, Mars Di Bartolomeo, apresentou no passado dia 29 de Setembro o projecto de reforma da Segurança Social que prevê, entre outros, um aumento de 0,2 % das contribuições mensais dos trabalhadores e outro tanto por parte dos patrões, passando estas no seu conjunto de 5,4 % para 5,8 %.
Também o patronato, através da União das Empresas Luxemburguesas (UEL), se manifestou contra a nova proposta legislativa, qualificando-a de "reformazinha". A UEL diz não concordar com o aumento das contribições para a Segurança Social e ameaça mesmo retirar-se "enquanto agente do sistema da Saúde" (ver artigo ao lado).
Caso o projecto-lei seja aprovado pela Câmara dos Deputados (Parlamento luxemburguês), a sua entrada em vigor deverá acontecer no próximo dia 1 de Janeiro.
NC
Sem comentários:
Enviar um comentário