"O dólar não está no nível em que deveria estar face ao euro", disse Juncker, durante uma reunião da comissão do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
De acordo com o também primeiro-ministro do Luxembrurgo, as taxas de câmbio "devem reflectir os fundamentos económicos" e "não devem dar lugar a comportamentos nacionais inspirados mais por sentimentos de egoísmo do que pelas preocupações globais da comunidade internacional”.
Os responsáveis europeus têm-se mostrado preocupados pelo elevado valor do euro face à moeda norte-americana, o que pode penalizar as exportações assim como a recuperação da economia europeia.
Juncker também criticou, na sequência do já dito pela Alemanha, o recente pacote de estímulo da Reserva Federal (Fed) norte-americana que apresenta, segundo ele, "riscos" para o resto do mundo.
"Vejo mais riscos do que benefícios nesta decisão da Fed", considerou.
Na cimeira do G20, que acontece na quinta e sexta-feira, 11 e 12 de Novembro, em Seúl, na Coreia do Sul, “não deixaremos de colocar estas questões aos nossos amigos americanos", avisou Juncker.
Guerra cambial?
O banco central dos Estados Unidos (Fed) decidiu a semana passada comprar títulos soberanos no valor de 600 mil milhões de dólares nos próximos meses para ajudar a estimular o consumo e a economia do país.
A decisão teve o efeito de fazer baixar o valor do dólar, o que gerou críticas e, segundo analistas internacionais, pode dar origem a uma "guerra cambial" e a desvalorizações competitivas entre os países.
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