O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) está a analisar os documentos que estão a ser tornados públicos pela organização Wikileaks e pelos jornais sobre voos da CIA que alegadamente passaram por Portugal.
A informação foi dada hoje pela directora do DCIAP, Cândida Almeida, a propósito de uma notícia que refere que os EUA envolveram o primeiro-ministro, José Sócrates, e o Presidente da República, Cavaco Silva, nos voos da CIA e que a base das Lajes foi usada para repatriar detidos de Guantánamo.
Recentemente, a Procuradoria-Geral da República (PGR) explicou que o inquérito ao caso dos “voos da CIA” que alegadamente passaram por Portugal só poderá ser reaberto se surgirem “factos novos, credíveis e relevantes” que indiciem ilícitos criminais, "o que ainda não aconteceu".
A 7 de Dezembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado assegurou no Parlamento que não houve qualquer sobrevoo ou escala de repatriamento de detidos de Guantánamo sobre território português nem qualquer pedido formal dos Estados Unidos, mas apenas diligências diplomáticas confidenciais, ao contrário do que se lê em telegramas secretos alegadamente provenientes da Embaixada norte-americana em Lisboa e que a WikiLeaks publicou.
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