O presidente egípcio, fortemente contestado nas ruas, ordenou na segunda-feira à noite a criação de uma comissão de inquérito à violência na praça Tahrir, onde desde quarta-feira se registaram confrontos entre partidários e opositores do regime, anunciou a agência oficial Mena.
Hosni Mubarak "deu instruções para a criação de uma (...) comissão de inquérito transparente, independente e imparcial, [formada] por personalidades egípcias conhecidas pela sua honestidade e credibilidade, que investigará os acontecimentos, as violações terríveis e inaceitáveis que fizeram vítimas inocentes entre os manifestantes", refere a Mena.
Partidários de Mubarak irromperam na quarta-feira pela praça Tahrir (da Libertação), ocupada por manifestantes antigovernamentais, e envolveram-se em confrontos, que causaram 11 mortos e cerca de um milhar de feridos, segundo o balanço oficial.
O primeiro-ministro, Ahmed Chafic, pediu publicamente desculpas pela violência e exigiu a abertura de um inquérito.
O regime egípcio liderado por Mubarak enfrenta desde 25 de Janeiro um movimento de contestação popular sem precedentes, que exige a saída do presidente, no poder há perto de 30 anos. Desde o início da contestação pelo menos 300 pessoas morreram e milhares ficaram feridas, de acordo com um balanço não confirmado pelas Nações Unidas e citado pela agência AFP.
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