O ministro das Finanças luxemburguês Luc Frieden defendeu hoje em Bruxelas que a lentidão da resposta europeia à crise da dívida soberana está a prejudicar Portugal, que, em sua opinião, também está a ser injustamente avaliado pelos mercados.
Questionado, à margem de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, sobre se a recente subida para um máximo histórico da taxa de juro para a dívida soberana portuguesa (7,63 por cento, na semana passada) não refletia a desconfiança dos mercados relativamente à “resposta abrangente” para a crise da Zona Euro que a UE tem vindo a anunciar, Luc Frieden admitiu que a “lentidão” dessa resposta não está a ajudar países como Portugal.
“Provavelmente (acontece) porque estamos a ser muito lentos a tomar decisões relevantes”, disse, lembrando que a UE disse que faria “o que fosse preciso para apoiar temporariamente os países em dificuldades”, para mais estando esses países a “levar a cabo programas claros de consolidação orçamental”.
Segundo o titular da pasta das Finanças do Luxemburgo, “os mercados deveriam levar isso em conta”, o que a seu ver não tem sucedido.
“Não penso que os mercados estejam a refletir de forma precisa os esforços levados a cabo por Portugal e pela União Europeia”, declarou.
A reunião de hoje visa precisamente começar a preparar as grandes medidas de uma resposta abrangente à crise da dívida soberana que afeta países da Zona Euro, como Portugal, e que deverão ser decididas na próxima cimeira extraordinária de líderes dos 17 países do espaço monetário único, a 11 de março, para serem formalmente adotadas no Conselho Europeu de 25 e 25 de março.
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