Decorreu na semana passada uma conferência sobre as redes sociais e a protecção de dados privados que contou com umconvidado de prestígio, Richard Allan, porta-voz da rede social Facebook na Europa.
Numa iniciativa da Comissão Nacional de Protecção de Dados luxemburguesa (CNPD), a conferência foi moderada por Gérard Lommel e pretendeu assinalar os 30 anos da assinatura da Convenção do Conselho da Europa para a protecção de dados, convenção que o Luxemburgo assinou. Mas em 30 anos muitas coisas evoluíram, sobretudo em matéria de como manter os dados privados na internet e nas redes sociais em linha.
Para debater esta e outras questões, os organizadores não deixaram por mãos alheias a escolha do painel de oradores e convidaram, além de Richard Allan, da rede Facebook, Alexander Dix, comissário para a protecção de dados e acesso à informação do Estado de Berlim (Alemanha).
Alexander Dix lembrou aos presentes duas frases que resumem um pouco a equação actual relativamente à privacidade de todos aqueles que navegam na internet e não só: "A privacidade não existe em nenhum lado – inevitavelmente!", frase de Scott Mcnealy, director e fundador da Sun Microsystems, ou uma outra frase, dita por Marc Zuckerberg, co-fundador de Facebook, que afirma claramente que "A idade da privacidade acabou".
Mas um dos momentos mais esperados era a visão sobre o futuro dos dados privados na internet por parte do porta-voz da rede Facebook na Europa. Richard Allan começou por dizer que "hoje, há muitas pessoas que podem ter publicadas e ao acesso de todos, informações pessoais e profissionais na internet". Na rede social Facebook, meio privilegiado para divulgar informações e dados pessoais "junto de uma comunidade de amigos, é necessário um trabalho conjunto entre os utilizadores e o nosso grupo para que possamos garantir cada vez mais uma segurança dos internautas neste domínio, que é uma das grandes preocupações desde sempre", explicou.
A própria rede Facebook criou em 2009 um conselho consultivo, para reflectir e trabalhar no conceito de segurança global e tentar responder aos desafios constantes em termos de segurança na internet. No entanto, "esta é uma de muitas etapas a desenvolver, havendo outras igualmente importantes como a sensibilização e educação dos internautas sobre este assunto", explica Allan. Desta conferência e da mesa redonda que se seguiu, fica a ideia golbal de que, apesar de actualmente a privacidade na rede não poder ser garantida, existe um trabalho sério que deve ser partilhado pelos internautas e que pode diminuir os riscos de invasão da vida privada. Basta espreitar a página Facebook de Richard Allan e perceber como se pode dar os primeiros passos em matéria de privacidade na internet quando se tem uma página na rede social, convidou o próprio, em jeito de conclusão.
Gualter Veríssimo
(texto e fotos)
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