quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

No Luxemburgo são os estrangeiros que estão a salvar a segurança social

Sem os trabalhadores estrangeiros a Segurança Social luxemburguesa já teria entrado em ruptura. A garantia foi dada pelo próprio presidente da Caixa Nacional de Pensões do Luxemburgo durante uma conferência na ASTI.

Segundo Robert Kieffer a Segurança Social do Luxemburgo goza de boa saúde devido "ao aumento extraordinário de trabalhadores estrangeiros. Sem eles, o sistema já teria entrado em ruptura, as contribuições para a cobertura de despesas de saúde seriam mais elevadas e ainda a contribuição para a "assurance dependence" não teria sido criada em 1999".

O presidente da Caixa Nacional de Pensões do Luxemburgo diz que nos últimos trinta anos o número de trabalhadores no país mais do que duplicou, atingindo os 120 %, graças aos trabalhadores estrangeiros, incluindo os fronteiriços.

Em 1980 o número de trabalhadores estrangeiros no Luxemburgo era de 51.900 pessoas, ou seja, 32,8 %. Em 2008 era de 238.100, isto é, mais de 68% do total de trabalhadores. E é graças a este crescimento que o regime geral de pensões ainda subsiste. Caso contrário, em 1991 teria entrado em ruptura, assegura Robert Kieffer.

A boa saúde do sistema de pensões fica a dever-se ao facto de a maioria dos trabalhadores estrangeiros regressar ao país de origem aquando da reforma, não beneficiando assim das vantagens acumuladas ao longo dos anos de desconto da carreira. Há ainda a acrescentar que os trabalhadores fronteiriços recorrem, na maior parte dos casos, a tratamentos médicos no seu país de origem.

E Kieffer dá um exemplo: "Um trabalhador português que regresse à sua terra natal depois de 35 anos de descontos para a ´assurance maladie´ não vai poder beneficiar dos descontos feitos no Luxemburgo".

Resultado, a Caixa Nacional de Pensões tem um excedente de mais de 10,5 milhões de euros.

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