O Luxemburgo pode vir a ser um dos destinos dos portugueses que sofrem de paramiloidose, conhecida como a "doença dos pezinhos". O medicamento para tratar a doença não está disponível em Portugal, ao contrário do que já acontece em França e no Grão-Ducado.
Ana e Pedro (nomes fictícios), jovens licenciados com sucesso profissional, herdaram a paramiloidose do pai, uma doença neurológica rara e sem cura que afecta os membros inferiores. Em entrevista à Lusa na quinta-feira, dia em que se assinalou o Dia Nacional de Luta Contra a Paramiloidose, os dois admitiram estar revoltados pelo facto de a França, Itália e o Luxemburgo já estarem a ministrar aos doentes o Tafamidis, um fármaco que evita o transplante hepático e garante melhor qualidade de vida, mas que não existe em Portugal. "Seremos seres humanos diferentes?”, questionam ambos, não descartando a possibilidade de emigrar para puderem receber tratamento.
Em Portugal, país onde a doença foi primeiro identificada pelo neurologista Corino Andrade, em 1939, o Serviço Nacional de Saúde aguarda que o fármaco seja certificado pela Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos.
Foto: Shuttertsock
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