O deputado social-democrata Carlos Gonçalves quer que a rede diplomática e consular se envolvam mais no Ensino do Português no Estrangeiro Foto: Serge Waldbillig |
O eleito pelo círculo da Europa disse à Lusa que, na reunião da secção de Paris do PSD, no fim-de-semana, os militantes deixaram claro que "gostariam de ver um maior envolvimento da rede diplomática e consular no ensino do português".
"Há casos em que esse envolvimento acontece, e resulta. Por isso, é fundamental que a participação seja mais homogénea. O trabalho não pode ficar todo nas mãos das coordenações do ensino”, acrescentou.
Carlos Gonçalves defendeu ainda que "a afirmação do português no estrangeiro depende também da sua promoção política”, e considerou que "a promoção externa do país está dependente, além da economia, da língua e da cultura portuguesas”.
O deputado criticou também o que considerou ser a "especulação" que se gerou em torno do EPE, "apenas com críticas" e "sem ideias".
"Depois de tudo o que se disse, afinal, não vai haver despedimentos, a rede vai manter-se, e as pré-inscrições, tão contestadas, mostraram-se essenciais para avaliar as necessidades da rede. Percebemos, por exemplo, que há, como no caso do Reino Unido, procura em algumas zonas onde não havia oferta”, acrescentou.
A presidente do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, que falou à Lusa à margem do encontro de luso-eleitos que decorreu no final de Junho em Cascais, adiantou que, no próximo ano lectivo as aulas de português no estrangeiro, na Europa e África do Sul serão leccionadas por cerca de 400 professores e frequentadas por quase 50 mil alunos.
Ana Paula Laborinho disse ainda que se inscreveram na plataforma "online" para frequentar os cursos paralelos da rede de EPE cerca de 29 mil alunos, a que se juntam 17 mil alunos dos cursos integrados.
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