O primeiro-ministro, José Sócrates, durante um encontro terça-feira com representantes das comunidades portuguesas no estrangeiro, num hotel de Lisboa (Foto: Lusa)
O secretário-geral socialista e primeiro-ministro português, José Sócrates, defendeu terça-feira à noite que a prioridade de “vários departamentos do Estado” deve ser a valorização da língua portuguesa junto dos países onde existem comunidades portuguesas, que classificou como “a guarda avançada" de Portugal.
“Devemos considerar como prioridade de vários departamentos do Estado a defesa da nossa língua”, afirmou Sócrates em Lisboa, dirigindo-se a um grupo de representantes das comunidades portuguesas no estrangeiro, no âmbito da pré-campanha às eleições legislativas de 27 de Setembro.
Portugal tem de "ajudar comunidades a afirmarem-se"
Para além da defesa da língua, Sócrates apontou a necessidade de “ajudar à afirmação das comunidades portuguesas”, já que desta depende “grande parte da afirmação do país”.
“Tem sido um erro que cometemos ao longo de várias décadas não perceber que grande parte da afirmação do país está dependente da afirmação das comunidades”, que constituem a “guarda avançada do país”.
Sócrates deu o exemplo da relação comercial entre Portugal e a Venezuela que “foi finalmente potenciada” porque o Governo português “se deu conta que a comunidade portuguesa era uma arma ao serviço dessa relação económica”.
A simplificação dos actos administrativos que os órgãos da administração prestam aos emigrantes e a valorização das comunidades enquanto “instrumento da afirmação do país” é o objectivo das candidaturas do PS pelos círculos da Europa e Fora da Europa, disse.
Paulo Pisco encabeça a lista do PS pelo Círculo da Europa, enquanto Renato Leal é o primeiro da lista pelo Círculo Fora da Europa.
Sócrates quer que Consulados funcionem no modelo das "lojas do cidadão"
Em panfletos distribuídos na iniciativa, que decorreu num hotel de Lisboa, o PS compromete-se a transformar os serviços da administração pública da rede consular em “verdadeiras lojas do cidadão” e a deslocar funcionários consulares para “irem ao encontro das comunidades mais pequenas e isoladas”.
Incentivos às associações de emigrantes que se destaquem na “actividade em prol da comunidade” e a criação de “novas modalidades de apoio ao regresso de idosos são outras prioridades do programa socialista dirigido aos emigrantes.
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