terça-feira, 27 de outubro de 2009

Luxemburgo: Nova campanha contra o tabaco dirigida aos adolescentes

A Fundação Luxemburguesa Contra o Cancro lançou uma nova campanha anti-tabaco destinada aos adolescentes sob o lema "Be smart. Don’t start" ("Sê esperto. Não comeces").

É com esta mensagem, simples mas eficaz, à qual se junta um simpático "smiley" não fumador (na foto), que a Fundação parte para uma nova campanha contra o tabagismo nos jovens. Desta vez, na mira está o primeiro cigarro, com a ideia subjacente de que a melhor maneira de parar é nem sequer começar.

No Luxemburgo, em 2008, havia 25 % de fumadores. "Trata-se de um bom número, mas um número que não diminui e estamos longe de passar a barreira dos 20 % como, por exemplo, no Canadá", comenta a Fundação. Para atingir este objectivo, a Fundação decidiu virar as suas campanhas para os adolescentes. Assim, paralelamente à 11a edição da sua já célebre "Mission Nicht-rauchen", que pede aos alunos das turmas participantes para imaginar uma original acção anti-tabaco, a Fundação inicia uma nova campanha em que lança mão de vários utensílios que fazem parte do universo dos adolescentes. Um poster em duas línguas em que se fornecem informações concretas sobre os cigarros e os seus perigos, ilustrados por desenhos humorísticos; um "smiley" autocolante com a frase "I am smokefree".

As turmas interessadas em participar no concurso "Mission Nicht-rauchen" têm até 20 de Outubro para se inscreverem e enfrentarem o desafio de não fumar até ao próximo mês de Maio. "É uma maneira de criar uma dinâmica de grupo positiva", explica Marie-Paule Prost-Heinisch, directora da Fundação. "Já temos cerca de 50 turmas inscritas. Em 2008, foram 160 as turmas no início e 90 a conseguir vencer o desafio. Em 10 anos, cerca de 32 mil alunos do secundário participaram nesta iniciativa. A força deste concurso é de manter o tabagismo na ordem do dia durante vários meses". Do ponto de vista político, as reivindicações da Fundação não mudam: "Pedimos a interdição de fumar nos cafés, bares e discotecas, bem como o aumento do preço do tabaco até uma harmonização com os preços praticados nos países vizinhos", afirma a directora.

Orientação aos pais sobre como ajudar o filho: falar cedo sobre os perigos do tabaco

A Fundação contra o Cancro bate-se para que os adolescentes encontrem dentro de si a força suficiente para dizer não ao primeiro cigarro, na maior parte das vezes consumido mais por fraqueza face à pressão do grupo do que por vontade própria. Os pais podem ajudar os filhos a ultrapassar este período de alto risco.

O primeiro conselho consiste em abordar o assunto suficientemente cedo com a criança, segundo a Fundação, entre os 11 e os 12 anos, altura em que a criança tem horror do fumo do tabaco. Deve falar-se sobre os perigos, os diferentes componentes de um cigarro e do fumo e das consequências para a saúde. Os pais devem encorajar os filhos a serem críticos em relação ao tabagismo e informá-los do facto de que os fumadores ficam dependentes da nicotina e não são livres de escolher se, quando e em que quantidade fumam. A Fundação aconselha também a encorajar a criança a ter confiança em si e nas suas capacidades, um bom meio de lutar contra as dependências.

No caso de o adolescentes já ser fumador, o importante, segundo a Fundação, é os pais definirem claramente o seu ponto de vista e estabelecer regras, explicando que não aprovam o cigarro e proibindo o fumo em casa.

Foto: Christian Mohr / Texto: F. Pinto

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