O partido Os Verdes ("Déi Gréng") lançou um site com o objectivo de dar a conhecer as actas das comissões parlamentares. Em www.chamber.lu , o partido “verde” quer estimular o debate e a transparência das sessões do Parlamento.
"Queremos incitar a Câmara de Deputados a aderir ao jogo da transparência. Já temos o nome do domínio há algum tempo. Na legislatura anterior avançámos a ideia de tornar público o trabalho dos parlamentares. Mas havia reticências sobre as actas das comissões parlamentares. A partir do momento em que Laurent Mosar (n.d.R.: presidente do Parlamento) disse que queria reforçar o diálogo com os cidadãos, decidimos fazer coincidir as suas palavras com o projecto”, explica Abbes Jacoby, secretário parlamentar dos Verdes.
Aproveitando o aniversário de 10 de Outubro de 1989 – quando os deputados não inscritos bloquearam o acesso à sala das sessões do Parlamento para apresentar as suas reivindicações –, os Verdes passaram à acção e esperam que a iniciativa suscite uma reacção positiva.
"Não se trata tanto de provocar, mas de relançar o debate sobre a transparência das sessões parlamentares. Os debates no seio das comissões parlamentares não são de natureza privada, são a preparação do terreno para as votações nas sessões públicas. O grande público poderá, assim, conhecer o que se passa antes e compreender as razões que antecedem as tomadas de decisão", precisa o secretário parlamentar ecologista.
O problema – se problema existe – é que os Verdes não preveniram a Câmara de Deputados e os seus colegas deputados de outros partidos desta iniciativa.
Mas os Verdes dizem estar tranquilos: "Estamos prontos a passar o testemunho se amanhã a Câmara o desejar. Aliás, esperamos que esta assuma a iniciativa rapidamente".
O site do Parlamento (www.chd.lu) acaba precisamente de lançar uma nova imagem há algumas semanas, apresentando uma grande quantidade de informações. Na quinta-feira, Laurent Mosar não adiantou pormenores "enquanto o assunto não for abordado no seio da conferência dos presidentes". Os debates não deverão limitar-se à questão da colocação online das actas das comissões, mas também sobre esta operação dos Verdes, que muitos denunciam ter sido feito sem a consulta dos outros partidos.
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