domingo, 4 de outubro de 2009

Portugal: Sede da Causa Real vai hoje hastear bandeira monárquica

A Causa Real vai hastear hoje a bandeira monárquica na sua sede em Lisboa, precedida de um desembarque simbólico de 500 monárquicos no Cais do Sodré, dando início a vários eventos relativos ao Centenário da Implantação da República.

“Hoje vai ser o primeiro de alguns eventos que queremos que tenham uma dimensão surpreendente. Vamos fazê-lo com um passeio no Tejo, seguido de uma homenagem ao rei D.Carlos e depois com o hastear da bandeira nacional usada até à Republica, na sede da Causa Real”, disse à agência Lusa o presidente da Causa Real, Paulo Teixeira Pinto.

Segundo o responsável, a Causa Real vai “celebrar Portugal e fazer o culto da história portuguesa, não obliterando tudo quanto se passou nestes cem anos”.
“Não festejaremos a República em si, festejamos é a continuação de Portugal e a esperança do futuro que se chama restauração da monarquia”, sublinhou.

Em Janeiro a câmara de Lisboa mandou retirar a bandeira monárquica hasteada na sede da Real Associação de Lisboa, devido ao "não cumprimento dos regulamentos municipais".
Segundo Paulo Teixeira Pinto, “não há fundamento legal para essa decisão da câmara”, uma vez que “invocou um regulamento sobre mobiliário urbano e publicidade que não são matérias confundidas com símbolos nacionais”
“Não a vamos acatar a partir de agora. Falta-lhe enquadramento jurídico e não há nenhum fundamento ético que nos iniba de usar a bandeira monárquica na sede da Causa Real”, disse.

Segundo o responsável, hoje, às 22:00, quinhentos monárquicos embarcam em Belém num barco fretado pela Causa Real, desembarcando no Cais do Sodré às 00:00, depois de inicialmente estar prevista a descida no Terreiro do Paço.
“O desembarque seria no Terreiro do Paço, por motivos autojustificados, porque foi aí que ocorreu o regicídio. Foi aí que desembarcou a unidade de marinheiros que provocou o sucesso da república”, disse.

“Queríamos fazer um desembarque de sentido contrário, como sinal de esperança, e promoção ao povo português do direito de se pronunciar sobre o futuro do seu regime”, disse Paulo Teixeira Pinto, adiantando que apenas na sexta-feira recebeu a “comunicação” por parte da Transtejo de que não estavam autorizados a desembarcar naquele local.

A partir de segunda-feira tem início o ano do centenário da implantação da República, e a Causa Real promete fazer “alguns eventos” para assinalar esta data e para trazer a discussão da monarquia ao ambiente político português.

“Queremos que essa decisão sobre monarquia ou república seja devolvida à única entidade que é soberana, que é o povo português. Para isso a Constituição tem de ser mudada no sentido de viabilizar o referendo para de seguida o povo português decidir soberanamente se prefere a monarquia ou a república”, adiantou Paulo Teixeira Pinto.

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