domingo, 25 de outubro de 2009

WWF: Em 2030, a Humanidade precisará de dois planetas

Ao ritmo do seu consumo actual, a Humanidade precisará de dois planetas no início da década 2030 para responder às suas necessidades, voltou a recordar recentemente o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

A impressão ecológica da humanidade, que avalia o consumo de recursos naturais, excede já 30% das capacidades do planeta para se regenerar, avisava já o WWF no seu relatório "Planeta Vivo 2008".

A pressão da Humanidade sobre o planeta mais do que duplicou no último meio-século devido ao crescimento demográfico e ao aumento do consumo individual, explica o relatório.

Esta sobre-exploração esgota os ecossistemas e os lixos acumulam-se no ar, na terra e na água.

O desflorestamento, a penúria da água, o declínio da biodiversidade e o desregramento climático provocado por emissões de gases com efeito de estufa, "põem cada vez mais em perigo o bem-estar e o desenvolvimento de todas as nações, explica o WWF.

O "Índice Planeta Vivo", ferramenta que mede a evolução da biodiversidade mundial e que analisa 1.686 espécies de vertebrados em todas as regiões do mundo, alerta que a biodiversidade diminuiu cerca de 30% nos últimos 35 anos.

Tendo em vista o declínio deste índice, "parece cada vez mais improvável atingir o objectivo contudo modesto visado pela Convenção do Rio sobre a diversidade biológica de reduzir a erosão da biodiversidade mundial até 2010".

Além da impressão ecológica mundial e do Índice planeta vivo, o relatório apresenta uma terceira medida, "a marca da água", que avalia a pressão sobre os recursos de água à escala nacional, regional ou mundial, resultante do consumo.

Ora a água é um recurso que está muito desigualmente repartido através do mundo.

Assim, meia centena de países vêem-se actualmente confrontados com um stress hídrico moderado ou grave, sublinha o WWF. E o número de pessoas que sofrem de escassez de água todo o ano ou de forma sazonal deverá aumentar devido às alterações climáticas, acrescenta.

Sem comentários:

Enviar um comentário