
O Governo socialista promete criar "melhores condições para que o Ministério Público e os órgãos de polícia criminal" e dar uma "nova atenção à vítima e não apenas ao infractor".
Após a avaliação do impacto da revisão do Código do Processo Penal, "serão apresentadas e discutidas as correcções que se apurem necessárias".
O novo Governo quer também reforçar o orçamento e a eficácia da investigação criminal e do exercício da acção penal e redefinir a figura do defensor oficioso (advogado) e criar um "programa nacional de mediação vítima-infractor, quer na delinquência juvenil, quer na idade adulta".
É também preconizado uma "Justiça mais simples e desburocratizada, mais célere, mais acessível, mais pontual, mais transparente e previsível, com mais vias alternativas e mais eficaz na investigação e punição do crime".
O Governo de José Sócrates quer sentenças "de dimensão razoável", comprometendo-se a definir "regras que evitem os execessos e promovam a simplicidade".
O programa aponta como necessário "melhorar a detecção precoce de situações de risco ou de delinquência" e "desenvolver o recurso a mecanismos de mediação em situações de delinquência juvenil".
Para aumentar a celeridade da Justiça, é preconizada a redução "drástica" do tempo de duração dos processos, reduzindo os prazos de decisão de processos e compensando cidadãos e empresas quando sejam ultrapassados injustificadamente, com "eliminação ou redução do montante das custas judiciais".
O alargamento da rede dos julgados de paz e a divulgação da mediação e arbitragem como meios de resolução alternativa de litígios aptos a proporcionar formas rápidas, baratas e simples para solucionar conflitos são dois outros objectivos.
O Governo garante ainda que vai repensar a organização, funcionamento e gestão dos tribunais, incluindo a gestão do pessoal e a formação específica dos magistrados.
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