A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) pediu segunda-feira aos governos europeus para que não diminuam os gastos públicos para não "estragar" a incipiente recuperação económica, disse o secretário-geral daquela entidade, John Monks.
"Há uma tendência para declarar o fim da crise e de querer reduzir os gastos públicos. O maior temor da CES é que os governos na União Europeia actuem com precipitação e estraguem a recuperação", afirmou, em nota divulgada pela organização depois da chamada reunião de "Diálogo Macro-Económico".
"Há que tentar aumentar os gastos públicos e a melhor forma de o fazer não é reduzir os salários dos trabalhadores nem diminuir os serviços públicos, enquanto se permite que os banqueiros levem milhares de milhões em prémios", afirmou Monks, à saída da reunião.
A Confederação defende que "a prioridade deve ser promover as reformas fiscais que facilitem o crescimento", lê-se em comunicado emitido.
A instituição presidida por Jürgen R. Thumann alertou ainda para os perigos da regulação financeira excessiva, pedindo para que as taxas de juros se mantenham a um nível baixo.
O "Diálogo Macro-Económico" é uma conferência de alto nível a que assistem representantes do Conselho da Europa, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e outros agentes sociais para trocar pontos de vista sobre a promoção do crescimento económico e da estabilidade.
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