sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Haiti/Sismo: 300 mil desalojados em Port-au-Prince, 10% das habitações destruídas

Cerca de 300 mil pessoas ficaram desalojadas depois do sismo de terça-feira em Port-au-Prince, capital do Haiti, onde 10% das habitações ruíram, informou esta manhã a ONU, acrescentando que um primeiro reconhecimento aéreo detectou áreas do país "destruídas a 50%".

Foto: Arquivo LW

1 comentário:

  1. Caros Concidadãos,

    Foi lançada uma petição online, oriunda dos Açores, apelando ao Estado Português para que se empenhe junto das Organizações Internacionais, no sentido de Portugal integrar os países disponíveis para prestar acolhimento a desalojados do Haiti, cuja evacuação em larga escala acontecerá em breve.

    Em vários pontos do nosso País, particularmente nas comunidades mais pequenas, e em especial em certas Ilhas dos Açores, as populações querem ajudar, mas ou não encontram forma de encaminhar a sua ajuda material, ou não dispõem de recursos financeiros bastantes para depositar nas contas/donativos que estão abertas.

    Porém, esses portugueses de Boa Vontade, estão dispostos a oferecer os seu melhor, individual e colectivamente para, à escala dos meios, acolherem desalojados do Haiti, proporcionando-lhes condições de vida condignas e apoio humano, de modo a que os sinistrados possam encontrar o amparo que lhes falta, o conforto que merecem, e fundada esperança num dia melhor.
    Ora, se nesta fase todas as ajudas importam, por conseguinte, na fase que se segue, não há-de ser diferente. Estaremos desobrigados daqui a mais uns dias?
    A missão humanitária em torno do Haiti não poderá ser dada por encerrada quando os sobreviventes estiverem resgatados, os mortos enterrados, os doentes assistidos e os desalojados abrigados em espaços provisórios...

    Que acontecerá depois, perguntamos... quando a TV já não abrir telejornais com as imagens mais horripilantes, quando as "consciência globais" já não estiverem tão sensíveis, e quando as grandes potências tiverem decidido sobre os destinos daquele Povo?Quando começar o primeiro balanço, em fase de rescaldo e, afinal, quando chegarmos à conclusão que podíamos ter tido outra atitude, evitando, pelo menos, que uma parte daquelas vítimas/sobreviventes não ficasse à inteira mercê do acaso e dos apetites mais vorazes, geradores de novas fatalidades, mais tragédias sobre a tragédia?...

    Portugal deve antever já esse horizonte, que é curto, ou não tivéssemos dados factuais na nossa história recente para tal noção estar bem viva; a descolonização, o abandono de Timor-Leste ou, mais recentemente, a complexa questão posta à União Europeia relativamente à imigração clandestina...

    A tudo isso, acresce, nos Açores, outra dimensão. A experiência da sujeição às catástrofes naturais e as consequências humanas que daí derivam, onde pontificam, entre outros, os exemplos da emigração para os EUA e Canadá, após a erupção do Vulcão dos Capelinhos (1957), as ajudas aqui recebidas após o sismo de 1980 ou, mais recentemente, as consequências do sismo de 1998.

    Se estas razões não nos não bastassem, dir-se-ia ainda que, à medida de cada comunidade, e na devida proporção, existem hoje nos Açores meios logísticos e humanos para acolher grupos de desalojados nas Ilhas, sem que isso implique qualquer sobrecarga para a coesão social existente.

    Mais importante: existem pessoas, vontades e comunidades, aptas a desempenhar, voluntária e graciosamente, o seu contributo humanitário, sendo que tal missão muito gratificante seria para quem acolhe, elevando também a matriz humanista de Portugal. Uma pequena ajuda para uns poucos, quem nada têm e tudo precisam... essa será também, porventura, uma das nossas melhores formas de ajudar.

    Pedimos, portanto, a todos aqueles que considerarem esta iniciativa boa, e que a façam sua também!
    Que a subscrevam e que a divulguem.
    Para que consigamos propagar este "surto benigno", com a força de todos e cada um

    LINK:
    http://www.ipetitions.com/petition/acolherhaiti

    Saudações muito cordiais,

    P´los signatários,
    Ricardo Alves Gomes

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