terça-feira, 2 de março de 2010

Respeito e dignidade humana é o que mais preocupa doadores do Luxemburgo

Para os residentes no Luxemburgo, os valores mais importantes que devem ser apoiados pelas ONG (organizações não governamentais) são a liberdade, a justiça e o respeito pela dignidade humana. Estas as conclusões de um inquérito recente realizado pelo instituto TNS ILRES, com o objectivo de conhecer o perfil dos doadores.

O inquérito foi realizado por telefone, em Agosto-Setembro de 2009, e o questionário assentou em três grandes áreas: os valores mais considerados pelo público, o perfil dos doadores e a eficácia da comunicação das ONG. Foram ouvidas 1.541 pessoas consideradas representativas da população.

Segundo o estudo, 87 % dos interrogados considera a liberdade como o valor mais importante a ser apoiado pelas ONG. A justiça (85 %), a liberdade de pensamento (83 %), o respeito pela dignidade humana (82 %) ou o acesso aos cuidados de saúde (77 %) são outros valores citados como muito importantes.

No que respeita às grandes causas defendidas pelas ONG, os direitos do Homem são considerados os mais importantes por 73 % dos interrogados, seguidos das operações de salvamento e dos serviços de socorro (70 %), o domínio social e a saúde e a protecção da natureza e o ambiente (ambos com 66 % das citações).

Quanto aos doadores, o questionário mostra que 56 % das pessoas que fazem donativos são mulheres e 59 % são de nacionalidade luxemburguesa. À medida que a idade aumenta, cresce também a sensibilidade das pessoas para estas questões.

"Parece que o facto de se estar instalado na vida e ter filhos tem uma incidência sobre a generosidade", observa Charles Margue, do TNS ILRES. Na verdade, a maior parte dos fazem donativos tem idade superior a 45 anos. Mais de 60 % fizeram estudos superiores e os rendimentos mensais da família são superiores a 5.000 euros em 60 % dos casos.

Por outro lado, a crise também afectou a generosidade das pessoas: 20 % afirma ter reduzido as suas doações.

Finalmente, no plano da comunicação das ONG, o inquérito revela que para avaliar o trabalho de uma ONG o público privilegia as actas dos projectos no terreno (69 %), os relatórios anuais (62 %) e os boletins das ONG (40 %).

F. Pinto

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