O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a situação delicada das finanças públicas de Portugal e Grécia não coloca riscos significativos para a zona euro, que estará muito mais dependente do resto do mundo.
"O destino da Europa vai estar muito mais ligado ao que acontecer no resto do mundo do que o que acontecer em na Grécia e Portugal", afirmou esta semana Jörg Decressin, diretor associado do FMI, na conferência de imprensa que seguiu a apresentação do 'World Economic Outlook'.
O responsável, que respondia a uma questão colocada pela Agência Lusa, sublinhou, no entanto, que os dois países não devem colocar problemas à zona euro desde que os problemas continuem a ser lidados da melhor forma.
"[Isto acontecerá] enquanto o que está a acontecer na Grécia e em Portugal estiver a ser lidado da forma apropriada, e é isso que esperamos", acrescentou.
Jörg Decressin considerou que Portugal e Grécia devem realizar significativos ajustes orçamentais e que devem redirecionar o seu crescimento para a procura externa.
"Em termos do que é preciso fazer, estes dois países enfrentam o desafio de redirecionar significativamente o seu crescimento da procura interna para a procura externa e corrigir défices orçamentais significativos", acrescentou.
"Os planos para isso estão a ser colocados em prática e assim não vemos riscos significativos para a zona euro vindos destes dois países nas nossas previsões", concluiu.
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