"Portugal ficou sob pressão dos mercados financeiros na semana passada, motivando preocupações de que poderia ser o próximo país da zona euro a soçobrar perante o peso da dívida pública, mas a maioria dos economistas diz que o país está mais bem posicionado para resolver os problemas", escrevia na sua edição de segunda-feira o Wall Street Journal.
No artigo assinado por Brian Blackstone e Tom Lauricella, estes escrevem que "a maioria dos economistas diz que Portugal, apesar dos seus problemas, está mais bem posicionado para resolver as suas finanças que a Grécia" e acrescentam que "é improvável que [o país] deslize para uma crise financeira como a da Grécia".
O Wall Street Journal, um dos maiores e mais reputados jornais económicos norte-americanos, diz que o crescimento do prémio de risco que os investidores exigem para comprar dívida pública "reflecte o escrutínio crescente dos mercados [financeiros internacionais] sobre os países mais fracos da zona euro".
O jornal sublinha que "as preocupações segundo as quais Portugal talvez precise de um plano como o da Grécia são exageradas, de acordo com a maioria dos investidores e analistas, graças às menores necessidades de financiamento e à maior credibilidade que o país goza junto da União Europeia e dos mercados internacionais".
Portugal "não joga no mesmo campeonato da Grécia", vinca Carsten Brzeski, um economista no Banco ING, em Bruxelas, no artigo que ocupa boa parte do texto a explicar as diferenças entre a situação financeira portuguesa e a grega.
"Os portugueses não têm o mesmo historial de contabilidade criativa que os gregos", concluiu o economista, apoiando a opinião de Eric Stein, um gestor de fundos na Eaton Vance, uma empresa de Boston, que considera que serão os mercados a ditar se vão ser precisas mais medidas para combater o défice além das que estão previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
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