quinta-feira, 10 de junho de 2010

10 de Junho: Cavaco reconhece "situação insustentável" e pede "contrato de coesão nacional

O Presidente da República reconheceu hoje que Portugal chegou a “uma situação insustentável, defendendo o estabelecimento de um “contrato de coesão nacional”, no qual cabe aos agentes políticos uma “especial responsabilidade”.

“Como avisei na altura devida, chegámos a uma situação insustentável. Pela frente, temos grandes trabalhos, enormes tarefas, inevitáveis sacrifícios”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na sessão solene das comemorações do 10 de junho, que decorreram em Faro.

Porém, notou, “não foi com o desalento que se construiu Portugal”, e por isso este é o tempo de “fazer um esforço suplementar para concertar posições e gerar consensos”.

“No contrato de coesão nacional que temos de estabelecer, transversal à sociedade portuguesa, cabe especial responsabilidade aos agentes políticos, aos governantes, aos deputados, aos autarcas de todo o País”, defendeu.

“As horas de infortúnio são momentos de responsabilidade. Este não é o tempo para querelas partidárias ou quezílias ideológicas que nos possam distrair do essencial”, acrescentou, reafirmando que “o essencial são os problemas concretos dos Portugueses”.

Num discurso dominado pela atual situação de crise, o chefe de Estado voltou, contudo, a repetir um apelo que têm vindo a fazer ao longo dos últimos meses para a união dos portugueses.

“Temos de encontrar em nós próprios a força para vencer. Não baixemos os braços”, pediu, já depois de recordar que “a coesão nacional constitui um dos nossos bens mais preciosos”.

“É necessário deixar para trás divisões estéreis e sem sentido para nos concentrarmos no essencial, para podermos olhar mais longe para o que é verdadeiramente importante, num espírito de unidade e de harmonia cívica”, pois, disse mais à frente “se o horizonte que avistamos é de dificuldades e de incerteza, mais razões temos para nos unirmos”.

“Estou certo de que juntos conseguiremos”, assegurou.

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