As autoridades chinesas negaram ao Navio Escola Sagres, que chega amanhã, quarta-feira, a Xangai, a autorização diplomática para atracar em Macau, alegando que a autonomia da região não permite a visita de navios de guerra.
“Tínhamos a intenção de ir a Macau e pedimos, já há muitos meses, a autorização diplomática das autoridades de Pequim para o efeito, mas não nos foi concedida, porque em Macau não é permitida a visita de navios de guerra por se tratar de uma região chinesa com autonomia”, disse à Agência Lusa o comandante do navio, Proença Mendes.
“O Navio Escola Sagres não deixa de ser um navio de guerra, pois pertence à Marinha”, recordou o comandante em declarações por telefone à Lusa quando o Sagres se aproxima da costa chinesa depois de ter estado na Coreia do Sul.
“Lamentamos que não possamos ir a Macau, pois esta é a primeira volta ao mundo que o navio faz depois da transferência de administração de Macau, de Portugal para a China. Mas são as regras da região”, observou o capitão-de-fragata.
O Navio Escola Sagres vai ficar em Xangai até ao dia 23, de onde parte rumo à capital timorense de Díli, já que a paragem em Macau não foi autorizada.
Nesta viagem à volta do mundo, a primeira em 26 anos, a Sagres já visitou países, como o Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Equador, México, Estados Unidos, Japão e a Coreia do Sul, faltando agora China, Indonésia, Timor-Leste, Singapura, Tailândia, Malásia, Índia, Egipto e Argélia.
A viagem do Sagres, a terceira à volta do mundo depois das circum-navegações realizadas em 1978/79 e em 1983/84, iniciou-se a 19 de janeiro para formar os alunos da Escola Naval e promover a imagem de Portugal no mundo, e prolonga-se por 11 meses, estando prevista a sua chegada a Lisboa a 23 de dezembro.
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