O primeiro-ministro do Luxemburgo e líder do grupo de ministros das Finanças da zona euro, Jean-Claude Juncker, considerou na sexta-feira que o euro é "a mais sólida moeda do mundo", tentando afastar receios sobre o futuro da moeda única.
"Nós não estamos a enfrentar uma crise do euro, mas sim uma crise da dívida [soberana] em nações individuais da zona euro", disse o responsável, sublinhando que "a existência do euro e a sua essência não estão em risco".
Os líderes dos 16 países que usam a moeda única, e que serão 17 a partir de Janeiro, com a entrada da Estónia, concordaram no princípio de Dezembro alterar os tratados para criar um mecanismo permanente de combate à crise a partir de 2013.
Para já, a Alemanha excluiu a possibilidade de aumentar os 750 mil milhões de euros que compõem o fundo de emergência, assim como recusou a ajuda a Portugal ou a Espanha, aumentando os receios dos investidores sobre qual a fórmula que a Europa vai usar para impedir o contágio da crise da dívida soberana a outros países para além da Grécia e da Irlanda.
"Temos de lutar contra a crise da dívida na zona euro", disse Juncker na entrevista, acrescentado que não é possível "acumular montanhas de défice e de dívida, temos de consolidar as finanças públicas". Só nessa altura, concluiu, é que pode haver "crescimento livre de inflação e criação de empregos".
"Ninguém precisa de estar preocupado com o euro", reforçou Juncker.
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