Os participantes nas negociações entre o regime egipcio e a oposição, incluindo a Irmandade Muçulmana, combinaram hoje criar um comité para preparar as mudanças constitucionais até à primeira semana de Março, anunciou um porta-voz do governo.
Magdi Radi indicou que houve consenso para “a formação de um comité que incluirá o poder judicial e um certo número de personalidades políticas para estudar e propor emendas constitucionais e emendas legislativas requeridas (…) antes da primeira semana de Março”.
As negociações entre o poder e a Irmandade Muçulmana, principal força da oposição no Egipto e “ovelha negra” do regime, começaram hoje no âmbito do diálogo nacional lançado pelo vice-presidente Omar Souleimane, para o qual foram convidadas todas as forças políticas, segundo a agência Mena.
Além da Irmandade participaram nas negociações os partidos Wafd (liberal) e Tagammou (esquerda), membros de um comité escolhido por grupos pró-democracia que lançaram o movimento de contestação que exige desde 25 de Janeiro a partida do presidente egípcio, Hosni Mubarak, bem como figuras politicas independentes e homens de negócios.
Estas negociações traduziram-se na primeira vez em meio século que o poder egípcio e a Irmandade Muçulmana, oficialmente interdita, dialogaram publicamente.
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