A empregada de um hotel de Nova Iorque que acusa o ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn (DSK), de agressão sexual deu as primeiras entrevistas públicas para defender a sua causa, anunciam hoje os media norte-americanos.
"Por causa dele, tratam-me como prostituta", declarou a empregada guineense à revista Newsweek.
"Quero que ele fique na prisão. Quero que saiba que existem lugares onde não pode utilizar o seu poder, onde não pode usar o seu dinheiro", disse.
A jovem deverá também aparecer na segunda-feira no programa "Good Morning America" da cadeia televisiva ABC.
Esta participação vai ocorrer uma semana antes da audiência, marcada para 01 de agosto, durante a qual Dominique Strauss-Kahn, acusado agressão sexual e tentativa de violação, deverá comparecer de novo perante um tribunal de Nova Iorque.
Os advogados do ex-director do FMI reagiram aos comentários da jovem, acusando-a de procurar "inflamar a opinião pública", mas também lançaram acusações aos seus advogados.
"Este comportamento da parte dos advogados é não-profissional e viola as regras fundamentais do comportamento profissional dos advogados", afirmaram em comunicado os defensores de Strauss-Kahn, William Taylor e Benjamin Brafman.
Segundo os advogados, "o objectivo evidente deste comportamento é inflamar a opinião pública contra um acusado num processo criminal em curso" e acusaram os conselheiros da empregada de hotel de "orquestrar um número sem precedente de acontecimentos mediáticos e de reuniões para exercer uma pressão sobre os serviços do procurador neste processo".
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