O caso foi revelado pela imprensa austríaca. Segundo o jornal Kurier, quatro altos funcionários estariam implicados. O Tribunal de Contas Europeu (TCE) reconhece que está a decorrer uma investigação por supostas irregularidades mas contesta que algum alto funcionário esteja implicado.
O OLAF é um organismo independente especializado na luta antifraude contra os interesses da União Europeia (UE). Investiga alegações de fraude em relação ao orçamento da UE.
Segundo o gabinete de imprensa da instituição de controlo dos fundos da UE, "em Setembro e Dezembro de 2010, duas empresas às quais foram atribuídos contratos na área da segurança reconheceram ter cometido irregularidades para obtenção desses contratos". "Depois destas revelações, o Tribunal de Contas decidiu rescindir unilateralmente os contratos com ambas as empresas, impor sanções administrativas e financeiras, bem como dar início a acções no tribunal criminal do Luxemburgo".
O Tribunal de Contas adiantou ainda que foi por sua iniciativa que todas as informações em sua posse foram transferidas para o OLAF, e avisou mesmo as outras instituições.
"Demos conhecimento da situação às outras instituições com contratos de segurança similares, para evitar qualquer irregularidade", diz a instituição.
Como resultado, a instituição presidida pelo português Vítor Caldeirado decidiu deixar de recorrer a companhias de segurança externa. Os serviços foram internalizados, o que permite ao tribunal poupar cerca de 430 mil euros por ano, sem descurar os objectivos de segurança.
O Tribunal de Contas Europeu é a instituição responsável por verificar se os fundos da UE, provenientes dos contribuintes, são cobrados de forma adequada e utilizados de acordo com a lei, de forma económica e para o fim a que se destinam. Em 2010, realizou 376 auditorias externas, contra 336 em 2009.
O Tribunal de Contas Europeu tem pouco menos de 900 funcionários, tendo visto o seu orçamento reduzido em 2011 para 144 milhões de euros, contra 148 em 2010. A instituição tem um novo edifício em construção no Kirchberg com um custo orçamentado de 79 milhões de euros.
Francisco d’Oliveira
Foto: Marc Wilwert
Sem comentários:
Enviar um comentário