O imposto de crise será suprimido em Janeiro de 2012.
Anunciado desde a semana passada como uma possibilidade, a decisão caiu na sexta-feira, à margem do acordo salarial conseguido entre a Confederação da Função Pública (CGFP) e os ministros François Biltgen e Octavie Modert, respectivamente ministro da Função Pública e ministra da Reforma Administrativa.
Os analistas políticos aventam que o primeiro-ministro Jean-Claude Juncker já podia ter anunciado a decisão na quarta-feira, quando saiu da reunião com o LCGB e a OGB-L. Mas dizem que quis deixar a Biltgen e a Modert essa "carta" para jogar na negociação final com a CGFP. Mas porquê esta "estratégia"?
Deste modo, a CGFP "ganha" um acordo salarial que lhe dá direito a um aumento de 2,2 % em 2013, bem como o abandono do imposto de crise, "conquista" que vai beneficiar-nos a todos. Em contrapartida, a CGFP "engole" a pílula da reforma administrativa, que introduz o sistema de avaliação dos funcionários. Ao tornar a CGFP "responsável" por esta "vitória para todos nós", trabalhadores do país, e por finalmente aceitar o sistema de avaliação, quis assim o governo apaziguar as hostilidades que o sector privado vota à casta privilegiada da Função Pública? O sector privado nunca percebeu, por exemplo, porque a CGFP tanto recusou o sistema de avaliação, largamente implementado no sector privado.
O governo conseguiu começar a "dobrar" a CGFP ao fim de dois anos de negociações, embora uma das propostas na mesa, a de um recuo do salário inicial na Função Pública, não tivesse passado.
A CGFP fez ainda saber que não vai desistir do seu outro "cavalo de batalha", que o é também para os trabalhadores do sector privado: a indexação salarial automática.
As reuniões da Tripartida (governo, sindicatos, patronato) recomeçam em Setembro. A rentrée política adivinha-se "quente".
Foto: Marc Wilwert
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