A cimeira de dirigentes europeus, prevista para o dia 17 de Outubro, e tida como crucial para a crise da dívida, foi adiada por quase uma semana, para dar aos líderes mais tempo de finalizar um plano de estratégia comum.
O adiamento da reunião de Bruxelas foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, um dia depois de a chanceler alemã e o presidente francês terem revelado que tencionam apresentar medidas para estabilizar a Zona Euro no final deste mês.
Inicialmente, estava previsto que os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia se encontrassem a 17 de outubro e que no dia seguinte de manhã tivesse lugar uma outra reunião, que apenas reuniria os dirigentes da Zona Euro. Em vez disso, Van Rompuy anunciou que ambas as reuniões se vão realizar no domingo, 23 de outubro, estando previsto que os ministros europeus das Finanças se reúnam também no mesmo dia. “Esta nova data vai permitir-nos finalizar uma estratégia global para a crise da dívida na Zona Euro que cubra uma série de assuntos relacionados entre si”, lê-se no comunicado do presidente do Conselho Europeu. “São precisos mais elementos para lidar com a situação na Grécia, a recapitalização dos bancos e o melhoramento da eficácia das ferramentas de estabilização [o Fundo Europeu de Estabilização Financeira]", diz Van Rompuy.
"RESPOSTAS DURADOURAS, GLOBAIS E RÁPIDAS"
O adiamento desta cimeira, muito aguardada pelos mercados e instituições financeiras, tem como pano de fundo as medidas que Ângela Merkel e Nicholas Sarkozy deixaram entrever ontem à tarde, em Berlim, sem no entanto fornecerem pormenores. Em vez disso os dois líderes prometeram “respostas duradouras, globais rápidas antes do final do mês”, para que “a Europa chegue [à cimeira de novembro] do G20 unida e com os problemas resolvidos”.
Tudo indica pois que os dois grandes terão decidido, desta vez, anunciar medidas substanciais para fortalecer a Zona Euro, ao contrário de ocasiões anteriores, em que as respostas do eixo Paris-Berlim ao problema da dívida ficaram muito aquém do que era desejado pelos mercados financeiros.
O factor decisivo para convencer a França e a Alemanha a agir de forma mais decisiva poderá ter sido a degradação visível do sector bancário europeu, ilustrada pela liquidação do Banco franco-belga Dexia, o primeiro banco europeu a sucumbir à crise da dívida soberana.
Paris e Berlim querem acertar agulhas para recapitalizar os bancos europeus mais expostos às dividas “de cobrança duvidosa” dos Estados em dificuldades, num plano que teria ainda de ser coordenado com os restantes membros da Zona Euro.
FUNDO EUROPEU: A INCÓGNITA ESLOVACA
O adiamento por seis dias da cimeira de Bruxelas poderá servir para ganhar tempo, para que os dirigentes europeus apresentem como facto consumado o reforço de poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) que foi decidido, no papel, a 21 de julho, mas que não pode entrar em vigor sem que tenha sido ractificado por todos os 17 Estados da Zona Euro.
Já todos o fizeram excepto Malta, que deverá em breve ractificar o acordo, e a Eslováquia, onde os desacordos no seio da coligação governamental estão a ameaçar descarrilar todo o processo.
O adiamento da reunião de Bruxelas foi anunciado pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, um dia depois de a chanceler alemã e o presidente francês terem revelado que tencionam apresentar medidas para estabilizar a Zona Euro no final deste mês.
Inicialmente, estava previsto que os Chefes de Estado e de Governo da União Europeia se encontrassem a 17 de outubro e que no dia seguinte de manhã tivesse lugar uma outra reunião, que apenas reuniria os dirigentes da Zona Euro. Em vez disso, Van Rompuy anunciou que ambas as reuniões se vão realizar no domingo, 23 de outubro, estando previsto que os ministros europeus das Finanças se reúnam também no mesmo dia. “Esta nova data vai permitir-nos finalizar uma estratégia global para a crise da dívida na Zona Euro que cubra uma série de assuntos relacionados entre si”, lê-se no comunicado do presidente do Conselho Europeu. “São precisos mais elementos para lidar com a situação na Grécia, a recapitalização dos bancos e o melhoramento da eficácia das ferramentas de estabilização [o Fundo Europeu de Estabilização Financeira]", diz Van Rompuy.
"RESPOSTAS DURADOURAS, GLOBAIS E RÁPIDAS"
O adiamento desta cimeira, muito aguardada pelos mercados e instituições financeiras, tem como pano de fundo as medidas que Ângela Merkel e Nicholas Sarkozy deixaram entrever ontem à tarde, em Berlim, sem no entanto fornecerem pormenores. Em vez disso os dois líderes prometeram “respostas duradouras, globais rápidas antes do final do mês”, para que “a Europa chegue [à cimeira de novembro] do G20 unida e com os problemas resolvidos”.
Tudo indica pois que os dois grandes terão decidido, desta vez, anunciar medidas substanciais para fortalecer a Zona Euro, ao contrário de ocasiões anteriores, em que as respostas do eixo Paris-Berlim ao problema da dívida ficaram muito aquém do que era desejado pelos mercados financeiros.
O factor decisivo para convencer a França e a Alemanha a agir de forma mais decisiva poderá ter sido a degradação visível do sector bancário europeu, ilustrada pela liquidação do Banco franco-belga Dexia, o primeiro banco europeu a sucumbir à crise da dívida soberana.
Paris e Berlim querem acertar agulhas para recapitalizar os bancos europeus mais expostos às dividas “de cobrança duvidosa” dos Estados em dificuldades, num plano que teria ainda de ser coordenado com os restantes membros da Zona Euro.
FUNDO EUROPEU: A INCÓGNITA ESLOVACA
O adiamento por seis dias da cimeira de Bruxelas poderá servir para ganhar tempo, para que os dirigentes europeus apresentem como facto consumado o reforço de poderes do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) que foi decidido, no papel, a 21 de julho, mas que não pode entrar em vigor sem que tenha sido ractificado por todos os 17 Estados da Zona Euro.
Já todos o fizeram excepto Malta, que deverá em breve ractificar o acordo, e a Eslováquia, onde os desacordos no seio da coligação governamental estão a ameaçar descarrilar todo o processo.
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