Gomes da Silva, da comissão dos ex-militares |
"Pelo menos para mim e para muitos como eu que serviram a Pátria na Guerra do Ultramar e depois fomos enganados, traídos e esquecidos pelo país".
Após 13 anos de luta para que a contagem do tempo de serviço militar dos ex-combatentes conte para efeitos de reforma aos ex-combatentes que nunca foram inscritos na Segurança Social, Gomes da Silva lamenta a forma como o caso tem sido tratado pelos sucessivos governos portugueses. "É como se não existíssemos", assegura.
Residente em Schifflange, tem 60 anos e é alfaiate de profissão. Gomes da Silva, notabilizou-se por se ter dedicado à causa dos ex-militares da Guerra do Ultramar, reivindicando a contagem do tempo de serviço destes para efeitos de reforma. Para o presidente da comissão dos ex-militares, "os governos são todos idênticos, prometem muita coisa mas não cumprem, e a prova é que o problema caiu no esquecimento e agora, com a crise, ainda menos se vai resolver, morreu!", insurge-se, revoltado.
"A não regulamentação da lei é um atropelo à democracia e à Constituição portuguesa, sendo uma injúria feita aos ex-combatentes emigrantes, sobretudo aqueles que nunca foram inscritos da Segurança Social".
Para Gomes da Silva, a famosa divisa "A Pátria honrai, que a Pátria vos contempla", "não se aplica a muitos que deram a vida e lutaram pelo país", lamenta.
"Somos espoliados por decreto-lei, como diz um amigo meu. Políticos destes não são dignos dos cargos que ocupam. A isto chamo, com todas as letras: sacanice, insensatez, ingratidão, cobardia e traição".
"O único ponto positivo é que o Director do Centro Nacional de Pensões no Luxemburgo interessou-se pela questão. Através de uma pesquisa em Bruxelas consultou uma directiva que beneficia os ex-militares que fizeram o requerimento comprovativo dos anos de serviço militar para efeitos de reforma". Do Estado português, alguns recebem apenas um subsídio entre os 75 e os 150 euros, pagos no mês de Outubro, o que é muito pouco", conclui.
Texto e foto: Á. Cruz
Estimado Manuel, sou seu primo Décio, filho do seu tio Delfim, que mora no Brasil.
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Décio.