sexta-feira, 10 de julho de 2009
Agência de imprensa brasileira destaca proposta de Juncker no G8
Os dirigentes dos países ricos concordam que há injustiças. Mas quando se trata de passar da palavra aos atos, começam a pensar em outra coisa.
Uma proposta inteligente foi feita por Jean-Claude Juncker, de Luxemburgo. Para liberar direitos de voto em favor dos países emergentes, poderia se reagrupar os países "sub-representados" no FMI ou no Banco Mundial. Por exemplo, os 27 países europeus, que hoje têm 32,4% de votos no FMI, seriam agrupados numa entidade, reduzindo a parte de cada um, de modo que o conjunto dos europeus ficaria com 20% ou 21%.
Essa operação permitiria liberar uma porcentagem de votos a ser redistribuída entre os países hoje sub-representados. Claro, cada um dos 27 países europeus teria diminuída a sua parte. Em compensação, a Europa reagrupada pode ganhar uma força nova. Teria mais votos que os EUA, que tem 16,7%.
Uma tática engenhosa: cada país europeu perderia, mas a Europa unida ganharia. Pergunta-se: essa hipótese de trabalho seduziu os grandes amigos dos países emergentes, especialmente Sarkozy ou Angela Merkel? Claro que não! (...)
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in Agência Estado (09.07.09)
Itália/L'Aquila: Sarkozy e Lula querem substituir G8 por G14
"Com o presidente (brasileiro) Lula, manifestámos a nossa vontade de fazer evoluir o G8, não que o G8 tenha deixado de ser útil mas claramente a representatividade do G8 não é suficiente" para responder aos grandes desafios, declarou durante uma conferência de imprensa.
"Existe um G8, um G5, um G6. Com Lula, propomos que o mais rápido possível juntemos os dois grupos num G14", acrescentou.
Segundo Sarkozy, "não é razoável" que os grandes países emergentes não estejam mais associados.
"Não vejo como podemos convencer um país com mil milhões de habitantes como a Índia a tomar parte na luta contra as alterações climáticas se apenas a convidarmos para o final de uma cimeira para pagar a conta", destacou o presidente francês durante a cimeira do G8.
O G8 reúne desde quarta-feira e até hoje em L'Aquila, cidade italiana destruída por um sismo que causou 299 mortos a 6 de Abril último, mais de 40 chefes de Estado e de governo e responsáveis de instituições multilaterais.
O G8 é constituído pelos oito países mais desenvolvidos do Mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, Rússia, França, Itália e Grã-Bretanha.