sexta-feira, 10 de julho de 2009

Agência de imprensa brasileira destaca proposta de Juncker no G8

(...) Como não ficar chocado com o tratamento dado há mais de meio século a países que estão entre os mais importantes do planeta [no G8]? O Brasil, 11ª economia mundial, tem só 1,38% de direito de voto nessas organizações, enquanto a simpática mas minúscula Bélgica tem 2,09%.

Os dirigentes dos países ricos concordam que há injustiças. Mas quando se trata de passar da palavra aos atos, começam a pensar em outra coisa.

Uma proposta inteligente foi feita por Jean-Claude Juncker, de Luxemburgo. Para liberar direitos de voto em favor dos países emergentes, poderia se reagrupar os países "sub-representados" no FMI ou no Banco Mundial. Por exemplo, os 27 países europeus, que hoje têm 32,4% de votos no FMI, seriam agrupados numa entidade, reduzindo a parte de cada um, de modo que o conjunto dos europeus ficaria com 20% ou 21%.

Essa operação permitiria liberar uma porcentagem de votos a ser redistribuída entre os países hoje sub-representados. Claro, cada um dos 27 países europeus teria diminuída a sua parte. Em compensação, a Europa reagrupada pode ganhar uma força nova. Teria mais votos que os EUA, que tem 16,7%.

Uma tática engenhosa: cada país europeu perderia, mas a Europa unida ganharia. Pergunta-se: essa hipótese de trabalho seduziu os grandes amigos dos países emergentes, especialmente Sarkozy ou Angela Merkel? Claro que não! (...)
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in Agência Estado (09.07.09)

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