"A política de recrutamento de professores levada a cabo pelo Ministério da Educação luxemburguês é desastrosa", considerou ontem Monique Adam, a presidente do SEW, o sindicato dos docentes, pertencente à central sindical de esquerda OGBL.
Segundo a mesma, "o número de novos professores não é suficiente para o número de alunos que não pára de crescer" em cada ano lectivo. Além disso, "são cerca de 150 os professores que partem para a reforma" todos os anos. E a substituição não está garantida, já que "30% dos candidatos à docência chumbam anualmente no concurso de entrada", recordou Monique Adam, em conferência de imprensa.
O SEW diz igualmente suspeitar que a política do Ministério da Educação é "propositadamente orquestrada" por forma a contratar não professores mas "chargés de cours" ("encarregados de aulas", algo como "professores-assistentes"), que custam mais barato ao Governo.
Sindicato preocupado com reforma do ensino secundário
O sindicato diz ainda estar preocupado com a anunciada reforma do ensino secundário, prevista para esta legislatura, que preconiza privilegiar as competências e as línguas de preferência do aluno em detrimento das disciplinas em que este é mais fraco. O SEW diz temer que muitos alunos luxemburgueses prefiram, "por facilidade", a língua alemã, o que lhes vai posteriormente "dificultar a entrada no mundo do trabalho", no Luxemburgo.
O ensino pré-primário e primário foi reformado em Janeiro e o denominado "ensino fundamental" que põe em relevo as competências dos alunos, entrou em vigor neste ano lectivo.
Foto: Marc Wilwert
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