Michel Wolter foi eleito sábado novo presidente do Partido Cristão-Social (CSV), com 89,9% dos votos. Wolter substitui assim François Biltgen que ocupava o cargo desde Janeiro de 2003.
Segundo os estatutos do CSV, um presidente só pode ocupar aquele posto durante sete anos. Antecipando o fim do mandato de Biltgen, Jean-Claude Juncker propusera em Julho o nome de Wolter para liderar o partido.
É a primeira vez desde 1979 que o escolhido para presidir o CSV não é ministro.
Se Juncker aceitar o convite de Bruxelas, quem o substituirá?
Nos bastidores da politica luxemburguesa, alguns vêem na eleição de Wolter uma maneira de libertar Biltgen para substituir Juncker caso este venha a aceitar um eventual convite dos líderes europeus para ser o primeiro presidente da UE, um assunto a discutir em Bruxelas na quinta-feira pelos chefes de Estado e de Governo dos 27.
O presidente da UE pode assumir funções em Janeiro de 2010, caso assim os líderes europeus o decidam.
Outros analistas consideram essa hipótese pouco provável já que Biltgen, de 51 anos, assume de momento pastas tão importantes como a Justiça, as Comunicações, o Ensino Superior e a Investigação, além da Função Pública. Se fosse nomeado, isso implicaria uma remodelação no Governo para uma redistribuição das pastas ou novas nomeações para o Executivo.
Mais provável é Luc Frieden, cinco anos mais novo do que Biltgen, ser nomeado pelo partido para substituir Juncker como primeiro-ministro. Enquanto ministro das Finanças e do Orçamento é considerado pela opiniãompública luxemburguesa como um bom gestor das contas públicas e a sua política no Ministério da Defesa, entre 2004 e 2006, foi elogiada por muitos. É além disso,m governador do Banco Mundial desde 1998, cargo anteriormente ocupado por Juncker.
Sobre a sua eventual nomeação para substituir o actual primeiro-ministro luxemburguês, o presidente cessante do CSV, François Biltgen, disse apenas, no sábado, que como a questão da sucessão não se coloca ainda, não deve ser discutida. "Mas o partido dispõe de candidatos suficientes", declarou.
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