João Goulão (na foto), presidente do Instituto português da Droga e Toxicodependência (IDT), foi eleito quinta-feira presidente do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), sucedendo assim ao luxemburguês Marcel Reimen, que presidia esta agência europeia sediada em Lisboa desde 2003.João Goulão foi eleito por três anos e já fazia parte do conselho de administração do OEDT desde 2005, tendo exercido funções no Comité Científico da agência entre 1997 e 2002. "Sinto um enorme orgulho nesta eleição, mas penso que, em primeiro lugar, representa o reconhecimento internacional do sucesso das políticas portuguesas na área da droga", disse João Goulão.
"O facto de termos um presidente português a trabalhar e a viver na mesma cidade em que está instalada esta agência europeia permitir-nos-à ter uma relação muito mais próxima, de consolidação do trabalho da agência e incidindo na área da redução da oferta, na actividade das forças policiais e aduaneiras, que tem sido deixada um bocado em segundo plano na actuação do Observatório", afirmou. Goulão destacou ainda que, ao longo dos anos em que tem feito parte do OEDT, conseguiu "granjear um certo prestígio" por ter vindo "do terreno", das equipas que estão na rua. "É um cargo não remunerado e sobretudo simbólico, perfeitamente compatível com a continuação no IDT", acrescentou.
João Castel-Branco Goulão é médico de profissão e tem mais de 20 anos de experiência a nível da prevenção e do tratamento da toxicodependência em Portugal, tendo dirigido uma série de órgãos nestas áreas. Foi também membro da comissão portuguesa que propôs a actual estratégia nacional de combate à droga.
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