"É importante sabermos em que ponto estão os contactos. Os Governos já mostraram recetividade para encontrarem formas de cooperação", disse o deputado à Agência Lusa.
Paulo Pisco falava na sequência de um requerimento que apresentou hoje na Assembleia da República sobre a formação profissional e o desemprego entre os portugueses que trabalham no Luxemburgo.
De acordo com dados oficiais luxemburgueses, o desemprego entre a comunidade portuguesa ronda os 30 por cento do total no país.
Segundo a confederação sindical luxemburguesa OGB-L, um em cada três desempregados no Luxemburgo é português.
Em declarações à Lusa, Paulo Pisco adiantou que o requerimento surge após a visita a Portugal de deputados luxemburgueses e de uma delegação da OGB-L, que abordaram o tema do desemprego com as autoridades portuguesas.
"Há um esforço evidente por parte das várias entidades para uma tentativa de resolução do problema e de proporcionar aquilo que os portugueses no Luxemburgo precisam que é uma formação profissional adequada para que possam ser mais facilmente integrados no mercado de trabalho", sublinhou.
No requerimento, o deputado socialista alerta também para a necessidade de aprendizagem da língua, quer a francesa, quer a luxemburguesa, por parte dos emigrantes.
No dia 25 de janeiro, uma delegação da OGB-L esteve reunida com a ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Helena André, de quem obtive uma "recetividade positiva" para uma colaboração na formação profissional.
Residem oficialmente no Luxemburgo 80.951 portugueses, dos quais 3.700 estão desempregados, segundo dados oficiais.
* Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico *
(Lusa)
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