A fusão entre a Commerzbank e a Dresdner Bank teve um impacto bastante negativo nas filiais luxemburguesas dos dois bancos: 180 despedimentos, no total de 681 funcionários que as duas instituições empregam no Luxemburgo. A decisão foi anunciada recentemente, no final de uma reunião entre representantes sindicais e as duas direcções.
"A fusão dos dois bancos criou postos duplos", explica Marc Glesener, presidente da Aleba, a associação sindical dos empregados de bancos e seguradoras. Um acordo foi assinado, prevendo um pré-aviso de dois anos. "A esse juntar-se-á o pré-aviso que será negociado no plano social", adianta Glesener, concluindo que o pré-aviso total dos funcionários afectados deverá durar pelo menos dois anos e meio, apesar de a fusão ser efectiva já a partir de 1 de Abril.
Mas os problemas da praça financeira luxemburguesa não se ficam por aqui. Segundo Glesener, as filiais dos bancos alemães Landsbanken LBBW e WestLB, que empregam cerca de 300 pessoas no Luxemburgo, também têm destino incerto. Quanto à centena de postos de trabalho ameaçados na Fastnet, que poderá perder a administração dos fundos Fortis geridos no futuro por um serviço interno do BGL BNP Paribas, Glesener reivindica a integração, pura e simples, dos funcionários do BGL BNP Paribas. Referindo-se às negociações da Tripartida (que começam em Março), na qual a Aleba não pode participar por não ser um sindicato com representação nacional, Glesener afirma não se importar com isso, mas não deixa de criticar o modelo, considerando que decisões desta importância deveriam ser tomadas no Parlamento com toda a transparência.
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