Os "credit default swaps" (CDS) para a dívida a cinco anos da França e da Bélgica atingiram hoje novos máximos históricos, ao passo que os dos países periféricos - Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha -, que até agora eram o principal alvo dos especuladores, aliviam dos recordes.
Vários especialistas internacionais explicam o fenómeno como uma propagação das tensões sobre a dívida pública desses países periféricos aos seus congéneres da Europa Ocidental.
Para tal, muito contribuíram as declarações dos responsáveis da Pimco - a maior gestora do mundo de fundos de obrigações - que colocaram na segunda-feira no mesmo saco a Espanha, a Itália e a Bélgica, considerando que os três países necessitam de uma intervenção externa para conseguirem recuperar da crise.
A Bélgica está também a ser afectada pela revisão em baixa das suas perspectivas feita pelas agências de notação financeira, justificada com o clima de instabilidade política do país.
Até a França tem sido alvo de inúmeros rumores de que poderá ver reduzido a notação financeira devido ao elevado patamar em que se encontra a sua dívida pública, que pode ultrapassar os 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012. Os analistas não escondem a sua preocupação com o efeito que um eventual corte de 'rating' de uma das principais economias europeias poderá ter.
Estas advertências seguem-se às declarações no início do mês do director executivo da bolsa londrina (London Stock Exchange), Xavier Rolet, que apontou a França como a próxima vítima da crise da dívida soberana na zona euro.
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