sexta-feira, 22 de julho de 2011

Economia luxemburguesa deverá crescer 3,8 por cento em 2012

A economia luxemburguesa vai crescer quase 4 % este ano, segundo as previsões do Statec. Para o serviço de estatísticas luxemburguês, a conjuntura ganhou uma certa dinâmica no final de 2010 e no início deste ano, mas continuam a registar-se sinais de abrandamento na economia mundial que se reflectem a nível nacional.

Assim, para 2012, as previsões apontam para uma progressão moderada do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,8 %. "Algumas incertezas pesam nestas previsões", afirma Serge Allegrezza, director do Statec, que explica que "uma baixa nos valores da bolsa de 10 % provoca uma descida do PIB de 0,3 %".

Inflação aumenta

Os sectores "Comércio, Horeca (hotelaria e restauração), Transportes e Comunicações" são os que mais contribuem para o PIB, ultrapassando mesmo o sector financeiro. A evolução deste, que não mostra reais tendências de retoma, mostra-se muito heterogénea, com a actividade bancária em perda contrariamente à forte dinâmica dos fundos de investimentos, das OPC e dos seguros.

No que respeita aos preços no consumo, a taxa de inflação luxemburguesa passou progressivamente de 2 %, no início de 2010, para um pouco mais de 3,5 % no segundo trimestre deste ano. O Grão-Ducado segue, assim, a tendência mundial de subida da inflação ligada às consequências da alta dos preços das matérias-primas registada a partir de meados de 2009.

Emprego cresce


O emprego progrediu no Luxemburgo de 2,5 % ao ano no primeiro trimestre do ano. Durante a crise, as perdas gerais de emprego foram limitadas, ao nível geral da economia, pela progressão quase ininterrupta do emprego no sector dos serviços. À medida que a retoma se foi afirmando, as contratações no sector comercial foram recuperando, a pouco e pouco, primeiro sob o efeito de um recurso acrescido ao trabalho temporário, depois de forma mais generalizada.

Em 2011, o crescimento do emprego voltou a ser um pouco mais forte para os fronteiriços do que para os residentes, mas a diferença não é actualmente tão grande como antes da crise. Os fronteiriços ocupavam, no início do ano, menos da metade dos novos empregos criados, contra cerca de dois terços antes da crise. "Este aspecto da conjuntura deixa no ar uma certa contradição entre uma melhoria das perspectivas de crescimento e uma antecipação do abrandamento", conclui Allegrezza.

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