Nicolas Schmit, ministro do Trabalho, confirma esta transposição e diz não compreender a proposta do patronato. "Posso confirmar que [a directiva] foi transposta em 2006 e posso também confirmar que as 52 horas podem acontecer em situações excepcionais, como no caso de alguns sectores de trabalho sazonal. Mas aqui, o limite é efectivamente 48 horas, já que o sector da construção não faz parte dessa lista. Não compreendo como a proposta do patronato foi colocada desta maneira, já que não é conforme à lei nem à directiva."
"A nossa proposta de 52 horas é de 9 horas durante a semana e de 7 horas aos sábados. Nunca dissemos que era de 12 horas por dia. Não queremos explorar a nossa mão-de-obra. Temos a consciência que o valor das nossas empresas são os trabalhadores. A ideia desta proposta é optimizar a produtividade das empresas, tendo em conta a saúde das pessoas e também ajudar a economia do Estado. Se pudermos economizar 13 milhões de euros por causa disto é uma boa ideia", defende Kuhn, que reconhece as dificuldades de um acordo.
"Sei que a lei diz que são 48 horas, mas se encontrarmos um acordo com os sindicatos, aí podemos avançar. Caso não haja acordo, não vai funcionar, portanto, não se trata de algo unilateral."
Para o LCGB, as 52 horas são claramente contra a lei. “É algo 100 % contra a lei e não percebo como é
"O patronato diz que muitos trabalhadores da construção trabalham 'a negro', e que isso é prova de que querem trabalhar mais. Isso não é verdade. Há quem trabalhe a negro, mas não são muitos, como dizem os patrões. O que eles querem é aumentar as horas aos trabalhadores para ganharem mais dinheiro com eles.”
O sindicato OGB-L reconhece a ilegalidade e recusa a interferência do Governo no diálogo social.
Texto: Henrique de Burgo

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