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domingo, 29 de janeiro de 2012

Portugal: Expedição científica confirma que pode haver jazidas de gás e petróleo na costa algarvia

Foto: IODS
A expedição científica 339 IODS (Programa Integrado de Perfuração do Oceano) ao largo do Algarve revela que há prováveis depósitos de hidrocarbonetos.

A expedição internacional mostrou que na costa sul e ocidental do Algarve encontram-se a grande profundidade areias favoráveis à criação de depósitos de hidrocarbonetos, como petróleo e gás. A espessura porosa e permeável, a calibragem, a extensão e propriedades dessas areias em águas ultraprofundas, a 990 metros, torna-as ideais para permitir a captura de hidrocarbonetos, segundo os cientistas da expedição.

A expedição juntou uma equipa de 35 cientistas, de 14 países, e durou dois meses (de 16 de Novembro a 17 de Janeiro), a bordo do navio norte-americano "Joides Resolution", o segundo maior navio científico do mundo. A bordo havia três cientistas de Portugal: a paleontóloga Antje Voelker, do Departamento de Geologia Marinha do Laboratório Nacional de Energia e Geologia; Hélder Pereira, do Grupo de Biologia e Geologia da Escola Secundária de Loulé; e Cristina Freixo Roque, do Instituto Geológico e Mineiro.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Investir no sector do imobiliário em Portugal - encontro este terça-feira, 25 de Outubro, no Hotel Le Royal, cidade do Luxemburgo

Várias entidades do sector imobiliário português vão estar no Grão-Ducado para apresentar alguns projectos desta área em Portugal. Ocasião para debater estratégias, investimentos, financiamento e oportunidades de negócios num encontro a realizar na terça-feira, 25 de Outubro, no Hotel Le Royal, na cidade do Luxemburgo (12, bld Royal), às 18h15.

Entre os temas a debater vão estar o acordo assinado entre o Luxemburgo e Portugal para evitar a dupla tributação, evolução do mercado português nos últimos anos, comparação com outros países, situação económica actual e reformas estruturais, alterações na burocracia portuguesa, mercado de arrendamento, exclusividade em vendas e a questão do investimento no imobiliário português.

Subordinado ao tema "Imóveis em Portugal: Quatro Exemplos exclusivos de investimento", a organização convidou representantes do grupo Entreposto Gestão Imobiliária (EGI), grupo Libertas e da BCA Advogados Bettencourt da Câmara para apresentarem, numa acção de promoção, produtos imobiliários como o Lux Tavira Residences, EGI, Benfica Stadium, Residenciais da Baixa e o Laranjal Design Villas.

O encontro é organizado pela PSO Comunicação Estratégica, que já levou esta acção em Maio a Paris e Bruxelas, estando agendado para 2012, novas iniciativas em Paris, na Escandinávia, Brasil e China.

A abertura da conferência cabe a Rui Martinot Correia, secretário da Embaixada de Portugal.

Para mais informações, tel. (00351) 91 97 67 459, a/c Paulo Oliveira.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Algarve/XVII Mundialito de Futebol Feminino: Portugal mantém primeiro lugar, ex aequo com a Roménia

Portugal reparte com a Roménia a liderança do Grupo C do Mundialito feminino de futebol, após cumpridas duas jornadas da prova, que decorre, até quarta feira, 3 de março, no Algarve.

As duas seleções empataram sexta feira à noite a zero, no Parchal, resultado que as coloca em igualdade pontual (quatro), mas a turma portuguesa dispõe da vantagem nos golos marcados, devido à goleada imposta às Ilhas Faroé (5-0) na primeira jornada, enquanto a Roménia venceu a Áustria por 2-0.

O terceiro lugar é ocupado pela formação austríaca, com três pontos, após vencer hoje as Ilhas Faroé (3-0).

O Grupo A é liderado pela Alemanha (seis pontos), campeã mundial, que hoje averbou a segunda vitória na competição, com nova goleada, desta vez à Finlândia (7-0), depois de vencer a Dinamarca na jornada inaugural por 4-0.

A China, que na primeira jornada empatou com a Finlândia, bateu hoje a Dinamarca por 2-0, e é segunda (quatro pontos), seguida da Finlândia, terceira, com um. A Dinamarca ocupa o último lugar, sem qualquer ponto.

No Grupo B, os Estados Unidos alcançaram hoje uma vitória tangencial sobre a Noruega (2-1) e lideram, com seis pontos, mais dois do que a Suécia, que hoje goleou a Islândia (5-1) e assegurou o segundo lugar.

O terceiro posto é ocupado pela Noruega, com apenas um ponto, enquanto a Islândia ainda não pontuou.

A terceira e derradeira jornada da fase de grupos está agendada para segunda feira, com Portugal a defrontar a Áustria (14h, hora local), no Estádio Algarve, em São João da Venda (a cerca de 7 kms de Faro).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Portugal/TGV: Lançado concurso para estudo de viabilidade económica da linha Faro-Huelva

O agrupamento Alta Velocidade Espanha-Portugal (AVEP) lançou o concurso para a elaboração de um estudo destinado a avaliar a viabilidade económica e financeira de uma linha ferroviária de alta velocidade no corredor Faro-Huelva.

A informação foi avançada hoje à Lusa por uma fonte oficial da RAVE - Rede Ferroviária de Alta Velocidade que, em conjunto com o espanhol ADIF- Administrador de Infraestruturas Ferroviária , compõe o AVEP.

"O objeto dos trabalhos a desenvolver consiste na elaboração de um estudo de avaliação da viabilidade económica e financeira de uma linha ferroviária de alta velocidade no corredor Faro-Huelva", disse à Lusa a fonte oficial da RAVE.

Este estudo, que tem um prazo de conclusão de dois anos, incluirá também "a análise técnica e ambiental das conexões internacionais nos corredores internos de Portugal e Espanha", da "rendibilidade do investimento e dos respetivos horizontes de concretização", bem como a "seleção final dos corredores que sejam viáveis dos pontos de vista funcional, económico, territorial e ambiental".

Com a elaboração deste estudo, "o processo ficará preparado para uma tomada de decisão de dar início aos estudos prévios e de impacte ambiental, quando os Governos de Portugal e Espanha decidam prosseguir com os estudos desta conexão ferroviária entre os dois países", explicou a fonte oficial da RAVE.

Atualmente, está em curso o Estudo de Mercado relativo às Ligações Ferroviárias ao Algarve, "que fornecerá projeções de procura para diferentes horizontes temporais, avaliando os impactos da melhoria dos tempos de percurso nos serviços da rede ferroviária convencional com a terceira travessia do Tejo, bem como o potencial de mercado de uma conexão de alta velocidade ao Algarve".

Do lado espanhol, estão em curso os trabalhso de elaboração dos projetos de execução da linha de alta velocidade Sevilha-Huelva e o concurso para a construção da nova Estação de Huelva, lançado em dezembro do ano passado.

A concretização ligação de alta velocidade Faro-Huelva foi, juntamente com a linha Aveiro-Salamanca, acordada na cimeira luso-espanhola da Figueira da Foz, que decorreu em novembro de 2003, mas não faz parte dos projectos de alta velocidade prioritários (Lisboa-Porto, Lisboa-Madrid e Porto-Vigo), pelo que não tem um calendário definido para avançar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Portugal: "Derrocada de Albufeira era imprevisível", conclui estudo científico

A derrocada de 21 de Agosto na praia Maria Luísa era "imprevisível", mas o Estado tem "algumas responsabilidades" sobre a falta de esclarecimentos adequado à população, indica um parecer científico a que a Agência Lusa teve hoje acesso.

A vibração, a força da água, a queda de pequenas pedras e blocos, contrastes térmicos, vento, compressão e descompressão provocada pelas ondas ou a vegetação são alguns dos muitos eventos que apresentam "um grau muito elevado de imprevisibilidade na ocorrência temporal" de derrocadas, lê-se no documento científico da Universidade do Algarve.

A imprevisibilidade de derrocada é também em áreas com "vulnerabilidade muito elevada", acrescenta o documento científico realizado no âmbito da derrocada na Praia Maria Luísa, que vitimou cinco pessoas em Agosto no Algarve.

O documento científico imputa, por outro lado, e de forma genérica, "algumas responsabilidades ao Estado" no capítulo da falta de adequado esclarecimento à população.

"Este lamentável acidente, que no seu processo geológico é absolutamente natural, regista-se de forma gravosa pela existência de pessoas no local, porventura devido à falta de adequado esclarecimento dessas mesmas pessoas sobre os riscos que corriam, o que permite assacar algumas responsabilidades ao Estado, de forma genérica", lê-se no documento científico.

Segundo adiantou à Lusa o geólogo Óscar Ferreira, um dos especialistas responsáveis pelo parecer científico denominado de "Nota Pública sobre a derrocada na Praia Maria Luísa", o documento foi elaborado "cerca de uma semana depois do acidente de 21 de Agosto de 2009".

O documento, assinado pelos especialistas João Alveirinho Dias e Óscar Ferreira, recomenda às autoridades "uma cuidada revisão de sinalética e de informação auxiliar em todas as praias com riscos similares" aos da Maria Luísa.

"Identificação de áreas mais frágeis, estabelecer perímetros de segurança, efectuar desmantelamento de blocos e proceder à alimentação de praias para evitar a acção do mar na arriba", são algumas das recomendações que se podem ler no documento.

O parecer da Universidade do Alarve, enviado esta semana para o Ministério do Ambiente com um anexo ao relatório da Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH), indica ainda ser "essencial e urgente que se disponibilizem folhetos atractivos e de fácil leitura para que os frequentadores do litoral possam fruir (…) adoptando as normas de precaução adequadas".

"Após a ocorrência do acidente parece evidente que a sinalética utilizada não foi suficiente para evitar a ocupação pelas pessoas, pelo que é recomendável uma cuidada revisão de sinalética e de informação auxiliar em todas as praias com riscos similares".

Fonte da assessoria do Ministério do Ambiente adiantou hoje à Lusa que não estava prevista ser feita nenhuma declaração sobre o relatório da ARH a propósito do acidente da Maria Luísa, mas que até final do dia poderia haver alguma alteração de planos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Portugal: Relatório da derrocada em Albufeira entregue hoje ao Ministério do Ambiente

O relatório elaborado na sequência do acidente na Praia Maria Luísa, que há um mês vitimou cinco pessoas, foi entregue hoje, quarta-feira, ao Ministério do Ambiente, que deverá depois divulgá-lo até ao final da semana.

A acompanhar o relatório elaborado pela Administração da Região Hidrográfica do Algarve estão dois anexos com pareceres da Universidade do Algarve e do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências de Lisboa.

Fonte da Administração da Região Hidrográfica do Algarve disse à Lusa que o Ministério do Ambiente decidirá depois a forma como as conclusões do relatório serão tornadas públicas, sendo certo que a sua divulgação acontecerá até ao final da semana.

O relatório será conhecido na semana em que se completa um mês sobre o acidente que matou cinco pessoas - quatro das quais da mesma família - a 21 de Agosto, na praia Maria Luísa, em Albufeira.

Entretanto, a Administração da Região Hidrográfica do Algarve desmentiu na terça-feira as notícias vindas a público "nas últimas horas" que davam conta de uma derrocada na praia de Olhos de Água, Albufeira, duas semanas após o acidente da praia Maria Luisa.

Aquele organismo garante em comunicado que não houve "movimentação de blocos" entre 26 de Agosto - data da avaliação técnica naquela praia - e o dia de hoje, "ao contrário do que referem as notícias".

A Administração da Região Hidrográfica do Algarve diz que a alegada queda de blocos a que as notícias se referem ocorreu no Inverno passado e que a situação fora já registada pelos serviços.

O local foi vedado logo após a avaliação técnica de 26 de Agosto, acrescenta aquele organismo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Portugal/Litoral: Arribas com maior risco no Algarve e Oeste, previstas 17 derrocadas controladas

As situação de arribas em maior risco detectadas na inspecção extraordinária efectuada em todo o litoral nacional são as das regiões do Algarve e Tejo, sobretudo na zona Oeste, onde serão feitas até final do mês de Setembro 17 derrocadas controladas.

De acordo com a avaliação extraordinária de risco de arribas efectuada a nível nacional após o acidente na praia Maria Luísa, no Algarve, onde morreram cinco pessoas, na Região Hidrográfica do Algarve foram vistoriadas 70 praias e vedados 13 locais por risco de desabamento de arribas.

Os dados foram revelados esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente, Nunes Correia, que sublinhou que não há qualquer zona concessionada em situação de risco.

"Por mais intervenção que haja há sempre um risco potencial, porque um terço da costa portuguesa é arriba, mas não há nenhuma zona concessionada em situação de risco", afirmou o governante.

"Fora das zonas balneares há áreas assinaladas como de risco e as pessoas devem ser responsáveis", acrescentou o ministro, destacando que na semana anterior ao acidente na praia Maria Luísa, ocorrido a 21 de Agosto, "a equipa que lá passou não detectou qualquer agravamento da situação de risco potencial que pudesse transformar-se em risco real, como infelizmente aconteceu".

Nunes Correia destacou ainda a "margem de imprevisibilidade na natureza" para afirmar que, apesar do relatório técnico final que apontará as causas do acidente na praia Maria Luísa ainda não estar pronto, entre o s factores que poderão ter contribuído para o desastre podem estar "o sismo ocorrido três dias antes, as marés altas e agressivas e as grandes amplitudes térmicas/dias muito quentes".

"Não acordámos para o litoral com este infeliz acidente, mas seria uma irresponsabilidade não olhar de novo, não fazer o 'double check' ", afirmou Nunes Correia a propósito da inspecção extraordinária realizada pelas administrações das regiões hidrográficas do Norte, Centro, Tejo, Alentejo e Algarve.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Portugal: Algarve tem mais nove zonas de risco de derrocadas de arribas ou falésias


No Algarve estão assinaladas nove zonas de risco em falésias nos concelhos de Aljezur, Lagos, Lagoa e Portimão, áreas que são classificadas como sendo de intervenção prioritária ao abrigo do Plano de Acção para o Litoral 2007-2013.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto da Água (Inag), estão identificadas a nível nacional 32 zonas de risco, locais onde estão previstas intervenções, o que não significa que sejam feitas de imediato.

O plano de acção do Ministério do Ambiente português, disponível em linha na página oficial do Ministério, define as propostas de actuação para o litoral português naquele período, devendo ser revisto de dois em dois anos.

O plano poderá ainda ser revisto excepcionalmente em resultado da ocorrência de fenómenos de "carácter excepcional", da elaboração, revisão ou alteração de planos especiais de ordenamento do território, diz o documento.

Em Aljezur, as arribas assinaladas no plano elaborado pelo Ministério do Ambiente pertencem às praias de Odeceixe, Carrapateira e Arrifana, enquanto que em Lagos as zonas de risco foram identificadas nas praias Dona Ana e do Castelo.

Em Lagoa, é o Promontório da Senhora da Rocha que é identificado como zona de risco e em Portimão são as arribas existentes nas praias do Amado, Careanos e Três Castelos, segundo a listagem contida no plano.

A maioria das áreas identificadas para intervenção prioritária no Algarve estão abrangidas pelo Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Burgau-Vilamoura, à excepção das arribas da Arrifana, cuja localização já se insere na área do POOC Sines-Burgau.

A arriba que desmoronou parcialmente sexta-feira na praia Maria Luísa, em Albufeira, causando a morte a cinco pessoas e ferimentos noutras três, não estava assinalada como estando em perigo iminente.

O auto de notícia relativo à derrocada na praia Maria Luísa foi entregue segunda-feira de manhã no Ministério Público (MP) de Albufeira, ficando qualquer "acção ou diligência" futura relativamente ao desastre entregue ao MP.

Texto: Lusa; Foto: JLC/CONTACTO

Portugal/Derrocada em Albufeira: Ministério Público abriu inquérito-crime

O Ministério Público já abriu um inquérito à derrocada de uma arriba na praia Maria Luísa, em Albufeira, que sexta-feira matou cinco pessoas e provocou ferimentos em mais três.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que "foi determinada a abertura de um inquérito, tendo por base a participação da Polícia Marítima".

A PGR adianta que "o inquérito foi instaurado em Portimão e vai ser remetido ao Tribunal de Albufeira".

Entretanto, o auto da notícia relativo à trágica derrocada foi entregue esta manhã no Ministério Público de Albufeira.

O Ministério do Ambiente já garantiu que vai colaborar com o MP no inquérito-crime aberto ao acidente".

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) considerou domingo que o MP tinha “necessariamente que abrir um inquérito-crime" à tragédia ocorrida sexta-feira na praia Maria Luísa, em Albufeira, para "averiguar eventuais responsabilidades pelo sucedido".

A zona do acidente da praia Maria Luísa já não está delimitada por grades de ferro, nem tem a presença de nenhum dispositivo policial no local.

Portugal/Derrocada em Albufeira: Ministro do Ambiente garante colaboração com o Ministério Público

O Ministério do Ambiente vai colaborar com o Ministério Público se este abrir um inquérito-crime ao acidente de sexta-feira na praia Maria Luísa, em Albufeira, como defendeu domingo o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).

"Se o Ministério Público entender abrir um inquérito-crime, daremos toda a colaboração e informação necessária", assegurou hoje o ministro do Ambiente, Francisco Nunes correia.

O governante falava em Albufeira onde se deslocou para assistir aos trabalhos da demolição controlada da parte da arriba que resistiu à derrocada de sexta-feira, e que provocou cinco mortos e três feridos.

O presidente do SMMP, João Palma, disse estar "convencido" de que o inquérito-crime já terá sido aberto, sublinhando que "se não foi, terá que ser, o mais urgentemente possível, uma vez que se impõem diligências de investigação imediatas que passam desde logo pela preservação do próprio local onde a tragédia ocorreu para análise das características do terreno e do grau de previsibilidade da derrocada, que acabou por se verificar".

Por seu lado, Nunes Correia disse não concordar com a posição manifestada hoje pelo presidente do SMMP, João Palma, de que a zona de arriba que não caiu sexta-feira não deveria ser demolida para não destruir eventuais provas.

"Não concordo com essa posição. O que deve prevalecer é a eliminação de uma situação de risco. Houve já técnicos que observaram a zona e o processo foi natural. Não houve acção do homem no acidente", salientou o governante, garantindo que houve sempre acompanhamento da situação.

Nunes Correia destacou que no início da época balnear foi feita uma primeira avaliação, a que se seguiu uma segunda exactamente uma semana antes do acidente e, salientou, desde 2007 houve três demolições na praia Maria Luísa.

O ministro disse ainda estar a ponderar se avança com uma iniciativa legislativa que permita passar contra-ordenações aos banhistas que se coloquem debaixo de arribas em zonas consideradas de risco.

"Vamos reflectir no seio do governo sobre esta iniciativa legislativa que creio ser oportuna. As pessoas e a consciência são a principal factor de segurança. Mas se a autoridade marítima passar contra-ordenações, as pessoas que se colocarem nas zonas de risco vão pensar melhor", defendeu.

Nunes Correia admitiu, todavia, que o calendário eleitoral não é favorável à aprovação desta legislação por este governo, dada a proximidade do acto eleitoral, e admitiu deixar a iniciativa como sugestão ao executivo que resultar das próximas eleições.

"Deixaremos como proposta ao próximo governo, uma vez que uma iniciativa destas leva dois a três meses a ser aprovada e não sabemos quem vai ser o próximo executivo", destacou.

sábado, 22 de agosto de 2009

Portugal/Derrocada de rochedo em praia de Albufeira: Buscas concluídas às 22h

As autoridades que conduziram as operações de socorro na praia Maria Luísa, em Albufeira, no Algarve, onde hoje morreram cinco pessoas devido à derrocada de uma arriba, deram as buscas por concluídas às 22h (+ 1h no Luxemburgo).

O responsável pela condução das operações, comandante Marques Pereira, explicou que as buscas foram terminadas porque "toda a área onde caíram os desprendimentos da arriba foi batida e não deve haver mais vítimas no local".

Marques Pereira adiantou que a hipótese de a maré ter levado um corpo "foi acautelada" porque "foi feito balizamento no mar com redes" para evitar a situação.

O balanço final do acidente, de acordo com o comandante distrital de operações de socorro de Faro, Vaz Pinto, é de cinco mortos, dois feridos ligeiros e um grave.

Os mortos, segundo Vaz Pinto, são de nacionalidade portuguesa e as autoridades concentram-se agora na sua identificação por familiares.

A área onde ocorreu a derrocada, de acordo com o comandante Marques Pereira, vai ficar interdita até domingo, altura em que será demolida a parte da arriba que não caiu.

A zona balnear vai continuar aberta.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ÚLTIMA HORA/Portugal: Cinco vítimas mortais na derrocada de rochedo numa praia de Albufeira: quatro mulheres e um homem

notícia actualizada às 22h40

O comandante da Protecção Civil de Faro, Vaz Pinto, confirmou esta noite que as cinco vítimas mortais da queda de uma arriba na praia Maria Luísa, em Albufeira, no Algarve, eram quatro mulheres e um homem, sem avançar as suas nacionalidades.

Os mortos são: Um homem de 60 anos, que faleceu a caminho do Hospital de Faro, uma mulher de 38 anos que estava em estado crítico no mesmo hospital e acabou por falecer e mais três mulheres que estavam soterradas sob os escombros do rochedo que desabou, duas delas com menos de 25 anos e outra na casa dos 50, segundo fonte do Inem.

O comandante disse também que “as buscas vão continuar até ser removida toda a área onde houve movimento de terras”, precisando que a noite não determinará o final das buscas.

Marques Pereira, responsável pela capitania local, explicou que o limite para o prosseguimento das operações de busca deverá ser as 4h da manhã, altura em que se dá de novo a praia-mar.

O responsável do INEM do Algarve, Richard Glied, garantiu que as vítimas que ficaram soterradas “não tinham hipótese de sobrevivência”, mesmo que tivessem sido assistidas com todos os meios logo após o acidente.

Richard Glied deu assim a entender que estas três vítimas, todas mulheres, morreram devido aos ferimentos provocados pela derrocada.

Foto: Lusa

ÚLTIMA HORA/Portugal: Derrocada de rochedo em Albufeira faz um morto, dois feridos graves, dois soterrados e dois desaparecidos


Notícia em actualização/última actualização às 18h05


A derrocada de uma arriba (rochedo à beira-mar) hoje, cerca das 12h (+ 1h no Luxemburgo), na praia Maria Luísa em Albufeira, no Algarve, provocou um morto, um homem de 60 anos, além de uma mulher de 38 anos que está em estado crítico e de um homem de 35 anos que ficou também ferido.

Encontram-se ainda desaparecidas duas pessoas e duas estão soterradas: um homem e uma criança que não apresentam sinais de vida, segundo fonte do INEM.

Outras sete pessoas estão a ser assistidas no Hospital de Faro e no Hospital do Barlavento em Portimão, para onde as vítimas foram transportadas.

A grande preocupação das equipas de socorro agora é a subida da maré, cuja preia-mar começou às 16h (17h no Luxemburgo) e pode atrapalhar os trabalhos, disse o comandante Marques Pereira.

Um homem e uma criança ainda soterrados podem estar mortos

As autoridades continuam a proceder a buscas para encontrar o homem e a criança que se encontram soterradas junto à arriba que desabou, disse à Lusa o comandante do porto de Faro.

O resto do rochedo, adiantou o comandante, apresentava alguma perigosidade de derrocada pelo que foi desfeita, com máquinas rectroescavadoras, e agora prosseguem as buscas para encontrar mais duas pessoas no terreno onde ocorreu o desababamento.

"Há indícios que as duas pessoas estejam mortas", adiantou o comandante.

"Estão no terreno elementos da protecção civil, da Autoridade Marítima, dos Bombeiros e do INEM" a dar apoio aos feridos e a participar nas buscas e restantes trabalhos.

As autoridades estão ainda em busca de duas pessoas que estariam naquela praia no momento do ocorrido e que se encontram ainda desaparecidas, não se sabendo se se encontram sob os escombros da arriba que desabou ou noutro local.


Testemunhas oculares falam em grande estrondo e nuvem de poeira

Um barulho ensurdecedor, uma nuvem de poeira e gritos pela praia foi o cenário descrito por Joaquim Ribeiro, um dos primeiros veraneantes a socorrer hoje as vítimas da derrocada na praia Maria Luísa em Albufeira.

"Estava aqui. Ouviu-se um barulho ensurdecedor, viu-se uma nuvem de poeira e as pessoas começaram a gritar", disse à Lusa Joaquim Ribeiro.

Afirmando que estavam largas centenas de pessoas na praia o turista foi um dos primeiros a ajudar o nadador-salvador no socorro às vítimas.

"Demos assistência com o banheiro, levámos espreguiçadeiras para socorrer os feridos", relatou afirmando que na altura viram duas pessoas atingidas pela falésia.

"Havia também pessoas soterradas", acrescentou sem saber precisar quantas serão.

Também Joaquina Martins estava na praia quando se deu a derrocada tendo pensado na altura que se tratava de um avião a cair: "fez muito barulho, parecia que era um avião a despenhar-se", contou.

A testemunha frisou à Lusa a insegurança do local notando que "a falésia estava muito inclinada e parecia que podia ser perigoso".

Joaquina Martins disse que existia apenas uma placa "muito discreta" a alertar para o perigo.

Apurar responsabilidades

A arriba que hoje cedeu na praia Maria Luísa em Albufeira provocando um morto e dois feridos, para além de dois soterrados, já apresentava sinais de perigo de derrocada e encontrava-se sinalizada, disse fonte da Autoridade Marítima.

"Esta era das situações mais graves. O arenito da rocha era bastante frágil e havia um risco de derrocada a ponto de levar a Autoridade Marítima a colocar avisos", disse o comandante Marques Pereira no primeiro briefing aos jornalistas.

O comandante da capitania sublinhou que "era previsível" a queda da arriba e frisou que as pessoas devem salvaguardar-se de situações de risco, o que infelizmente não foi o caso".

Esta tarde as autoridades provocaram uma derrocada na falésia junto à zona do acidente, o que levantou a dúvida de se saber porque razão não foi feita operação igual na zona perigosa cuja rocha caiu esta manhã, para evitar acidentes.

Questionado sobre o assunto, o comandante do Porto de Faro explicou que a questão deve ser colocada à Administração da Região Hidráulica do Algarve (ARH).

Por sua vez, contactada pela Lusa, fonte da ARH remeteu quaisquer explicações para o Instituto da Água, cujo presidente, Orlando Borges, estava a caminho do local do acidente.

Quercus questiona: "É preciso saber quem e porquê autorizou" acesso à praia

O vice-presidente da Quercus defendeu hoje o lançamento de um inquérito para apurar "quem e porquê" autorizou o acesso dos banhistas à praia Maria Luísa, Albufeira, onde uma derrocada causou hoje pelo menos um morto.

Em declarações à Lusa, o responsável da associação ambientalista, Francisco Ferreira, afirmou que noutros casos de risco, nomedamente na Nazaré e na Figueirinha (Arrábida), optou-se pela interdição, e neste segundo caso foi mesmo feita uma intervenção urgente de reforço com recurso a betão e vigas de metal.

A praia Maria Luísa "estava identificada [como zona de perigo], mas se calhar não se percebeu que o risco era tão elevado (...) fez-se apenas um aviso às pessoas que penetram na área (...) é preciso saber quem tomou essa decisão e porquê", adiantou Ferreira.

O comandante Marques Pereira, da Autoridade Marítima, afirmou hoje que "era previsível" a queda da arriba e frisou que as pessoas devem salvaguardar-se de situações de risco, o que "infelizmente não foi o caso".

O comandante do Porto de Faro explicou que a questão deve ser colocada à Administração da Região Hidráulica do Algarve (ARH).

Por sua vez, contactada pela Lusa, fonte da ARH remeteu quaisquer explicações para o Instituto da Água, cujo presidente, Orlando Borges, estava a caminho do local do acidente.

O Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Burgau-Vilamoura, datado de 27 de Abril de 1999, era Elisa Ferreira ministra do Ambiente, identifica a falésia da praia Maria Luísa como zona de risco.

A decisão de interdição, segundo Francisco Ferreira, da Quercus, é "difícil", e compete especificamente à Administração da Região Hidrográfica do Algarve, apesar de ser o Instituto da Água (INAG) a gerir o domínio público marítimo.

Carlos Teixeira, vice-presidente da Liga de Protecção da Natureza, sublinha que as entidades responsáveis "muitas vezes têm problemas de recursos para assegurar o cumprimento" e a fiscalização destas zonas.

"Confio nos nossos técnicos e cientistas responsáveis pela avaliação de risco. Temos óptimas pessoas a trabalhar. Não sei é se os institutos responsáveis integram esses estudos (...) Mas, se são tomadas decisões, tem de investir-se em segurança ", disse à Lusa.

"O risco avaliado poderia não representar um perigo imediato de desabamento, mas apenas o desprendimento de pedras". adianta, sublinhando não conhecer o caso específico da praia Maria Luísa

Apesar de os planos de ordenamento serem desenvolvimentos no sentido positivo, o "risco só tem vindo a aumentar", nomeadamente devido à construção excessiva junto às zonas costeiras, levando a que "este tipo de acidentes aconteça com alguma regularidade".

"Há decisões tomadas sobre projectos junto à costa que vão causar erosão a montante com mais intensidade", afirma.

Francisco Ferreira, da Quercus, sublinha que a observação da zona através da aplicação informática Google Earth permite verificar que existe construção e caminhos sobre a falésia, parte da qual hoje caiu.

Fotos: Lusa

ÚLTIMA HORA/Portugal: Derrocada de falésia em Albufeira faz um morto, dois feridos graves / Um homem e uma criança ainda soterrados

(notícia em actualização)

A derrocada de uma arriba (rochedo à beira-mar) hoje, cerca das 12h (+ 1h no Luxemburgo), na praia Maria Luísa em Albufeira, no Algarve, provocou um morto, um homem de 60 anos, além de uma mulher de 38 anos que está em estado crítico e de um homem de 35 anos que ficou também ferido.

Encontram-se ainda desaparecidas duas pessoas e duas estão soterradas: um homem e uma criança que não apresentam sinais de vida, segundo fonte do INEM.

Outras sete pessoas estão a ser assistidas no Hospital de Faro e no Hospital do Barlavento em Portimão, para onde as vítimas foram transportadas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Portugal: Governo vai contratar médicos da América Latina para o Algarve e Alentejo

O governo português vai contratar médicos de países da América Latina para suprir a falta de profissionais portugueses, que escasseiam sobretudo nas unidades de saúde do Algarve e Baixo Alentejo, disse à Lusa, hoje, Manuel Pizarro, secretário de Estado da Saúde, de visita ao Centro de Saúde de Quarteira (Loulé, Algarve).

De acordo com Manuel Pizarro, trata-se de um processo "delicado", que exige conversação entre governos e a avaliação dos médicos, uma vez que são de países extra-comunitários e os cursos têm que ser reconhecidos.

Manuel Pizarro não adiantou contudo o número de médicos que serão contratados nem as datas em que começarão a exercer em Portugal, o que, diz, será comunicado oportunamente, quando o processo estiver concluído.

"Esperamos dar notícias num espaço de tempo relativamente curto", afirmou, acrescentando que alguns dos médicos que virão para Portugal são de origem uruguaia, estando a Ordem dos Médicos neste momento a validar os seus cursos superiores.

Segundo o governante, os países da América Latina são aqueles que oferecem maior disponibilidade em termos de médicos, já que em Espanha, país de onde Portugal recrutava muitos, parece também haver falta destes profissionais.

De acordo com Manuel Pizarro, a carência de médicos em Portugal verifica-se de forma mais acentuada no Algarve (sobretudo no Barlavento), no litoral alentejano, Ribatejo e nas áreas metropolitanas do Porto, Lisboa e Braga.

"Onde há maiores carências, tentaremos dar uma resposta", frisou, lembrando que a contratação de médicos estrangeiros é uma solução para o imediato, estando a ser projectadas medidas estruturais, como o aumento de vagas nos cursos de Medicina.

"Quando chegámos ao governo, as vagas pouco ultrapassavam as mil, este ano serão 1658", concluiu, sublinhando que foram também aumentadas as vagas para formação de médicos de Medicina Geral e Familiar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Portugal/Algarve: Autarca de Portimão defende criação de imposto do turista

O presidente da Câmara Municipal de Portimão defendeu terça-feira, em declarações à Agência Lusa, a criação de um imposto aplicável aos turistas, mas a proposta já está a ser contestada por hoteleiros.

Manuel da Luz considera que esta seria uma forma de suprir a diminuição de receitas em impostos e taxas municipais sobre o património (IMI e IMT). Com a retracção sentida no mercado imobiliário e com as medidas sociais de isenção implementadas, a autarquia estima que as receitas municipais sofram uma diminuição "entre os 25 e os 30 por cento" este ano.

"Dadas as limitações orçamentais que temos de diminuição de receitas de IMI e de IMT, temos que pensar num novo tipo de taxas, como por exemplo um novo imposto municipal sobre os turistas", preconizou o autarca que não acredita que a medida tenha impactos negativos sobre a principal actividade económica do concelho.

"Se o turista que nos visita e está aqui alguns dias, deixasse 50 cêntimos ou 1 euro ao município, era uma receita que fazia sentido e seria significativa, dado o volume de turistas que temos", referiu. Manuel da Luz argumenta que os valores em causa "não se sentem no bolso dos turistas" e, como tal, "não desincentivam o turismo", mas os hoteleiros já manifestaram o seu total desacordo em relação à ideia.

"Numa altura em que a competitividade entre destinos é tão elevada, em que se assiste a uma diminuição da procura e em plena crise económica, lançar essa ideia é completamente despropositado e desprovido de qualquer sentido", reagiu o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas.